HOMEOPÁTICA MULTIDISCIPLINAR
HOMEOPÁTICA MULTIDISCIPLINAR
“A meta da individuação não é outra, senão a de despojar o si mesmo dos invólucros falsos da persona, assim como do poder sugestivo das imagens primordiais.” (JUNG, 1998. P 64).
Introdução
O desenvolvimento da Terapêutica Integrativa Homeopática Multidisciplinar foi baseado em uma multidisciplinaridade; logo, em vários conceitos e conteúdos científicos que contribuem para tal. Trata-se de uma releitura e ampliação do método da Homeopatia, criado por Dr. Samuel Hahnemann no século 18, em conjunto com a Psicossomática moderna, com a Psicanálise de Freud, por Jung, a Psicologia Transpessoal de Pierre Weill, a Medicina Antroposófica, a Medicina Chinesa e a Semiótica de Allan Pierce. A demonstração da dinâmica da psique, a descoberta do inconsciente por Freud no início do século 19, traz uma transformação muito importante na Medicina Psicossomática e na Ciência. A Terapêutica utiliza-se desse conceito do inconsciente individual, descrito por Freud, e do inconsciente coletivo, descrito por Jung, para a sua construção em concomitância com o conceito da tripartição como estrutura do homem demonstrada por Freud, pela Medicina Antroposófica e pela psicologia de Pierre Weill para o desenvolvimento da medicação homeopática sequencial para a formulação dessa ampliação nas possibilidades de cuidado e cura na Medicina e Homeopatia. Pode se observar que esse trabalho, apresenta uma contribuição para uma ampliação das possibilidades de Terapêuticas humanas, cuidado, atenuação das doenças e do mal-estar de ser humano. Após 26 anos da utilização da TIHM, pode se demonstrar em grande variável de casos, em torno de 750 casos, uma real contribuição pois gera se uma ação positiva de forma complementar na área médica clínica e psiquiátrica. Pode-se contribuir para a catalisação do processo psicoterápico, atenuando a resistência, facilitando a entrada nos conteúdos inconscientes, liberando os recalques e atenuando os complexos autônomos, levando ao estímulo do Eu consciente, que tem uma correspondência com a individuação no indivíduo desenvolvendo a conexão ego-eu consciente, Self, centro de si mesmo, uma evolução da consciência humana. Com essa evolução atinge se uma das origens das doenças, descrito na Psicossomática; o ego fragmentado, o eu do individuo, que pela desconexão consigo mesmo pela sua tripartição, gera se um curto circuito no seu pensar, o seu sentir, o centro de si mesmo e querer. Nós não estamos tomando as rédeas do nosso cavalo na neurose, na psicose nas doenças e em qualquer mal estar. Pode se dizer que atinge se outra origem das doenças que são as prisões nas identificações, as marcas e os traumas. Com a utilização da TIHM, podemos atenuar o ego e podemos expandir o eu consciente, o Eu Integrado em fases e etapas que adquire uma conexão entre o pensar, o sentir, e o querer. Esse Self, Eu Integrado nos gera a cada vez mais uma defesa em relação às doenças, por isso adquire se uma melhora do indivíduo como um todo e em todas as doenças. Atenuam-se progressivamente as emoções negativas referentes ao ego, eu fragmentado falado na psicologia e arquetipicamente e alegoricamente relacionado aos “pecados capitais”, pode-se dizer referente aos nove egos, no Eneagrama: a ira, o orgulho, a vaidade, a inveja, a avareza,o medo, a gula, a luxúria, a preguiça. A TIHM pode estimular as virtudes, referente ao Self, Eu integrado, tranquilidade, criatividade, inteligência emocional, mental e espiritual.
Pode-se contribuir significativamente, também, com uma apresentação da dinâmica da psique e sua relação com as doenças, através dos estudos semióticos dos sonhos das pessoas, que constitui parâmetro importante na demonstração da evolução da consciência com o uso da Terapêutica. Vale dizer que a Terapêutica estimula a lembrança dos sonhos e isso é observado em 90 a 95% das pessoas, para demonstrar os fatos acima citados.
Uma das principais contribuições de Jung para a vida do nosso tempo deve-se ao seu maior interesse no que ele veio a chamar de inconsciente coletivo humano. Apesar da magnitude de sua contribuição, essa foi uma das principais fontes de incompreensão da sua teoria. Ele foi o primeiro a descobrir, explorar e demonstrar a importância do inconsciente coletivo na nossa psique, na nossa evolução como seres humanos. Ele deu um passo nesse universo bastante desconhecido que é a nossa mente humana. Avançou no mistério da consciência e sua relação com o grande inconsciente. Ele estabelece que o inconsciente e o consciente existam num estado profundo de interdependência recíproca e o bem-estar de um é impossível sem o bem-estar do outro. Se a conexão entre esses estados do inconsciente e do consciente estiverem danificados, o homem ficará doente, distanciado de significação e se perde no caos da inconsciência. A consciência não é algo que dependa da racionalidade, que pode ser articulado verbalmente. Ela tem relação por entrar em si e dar significação aos símbolos, aos significantes. Aí estão os conteúdos inconscientes, que podem ser observados pelos seus sonhos e que se expressam nos sintomas e nas doenças do ser humano.
Jung apresentou provas de que a maior parte das formas de insanidade e desorientação mental era causada pelo estreitamento da consciência e, quanto mais estreita a consciência, maior é o perigo da utilização da força do inconsciente coletivo. Ele demonstra, também, que a consciência é o sonho permanente e mais profundo do inconsciente. Essa consciência pode ser traduzida, também, como percepção e formas não racionais e conhecimento. Ele reconheceu que o estudo do tarô e a jornada arquetípica, que ele apresenta em padrões profundos do inconsciente coletivo, como uma jornada de individuação ao alcance do si mesmo, do Eu consciente caminhando, da escuridão à luz, do inconsciente ao consciente, sempre numa escada progressiva.
Freud indica a expansão do Eu consciente sobre o inconsciente, mas a sua pesquisa está sob o âmbito do inconsciente individual, onde o indivíduo, também, está dominado por elementos recalcados e diante de um Eu fragmentado. Ele aponta, também, a possibilidade de existir um inconsciente não recalcado. Porém, todo inconsciente é reprimido. Há uma possibilidade de um terceiro inconsciente, além do inconsciente individual, que ele não conseguia identificar. Será que esse inconsciente poderia ser o estudado por Jung, posteriormente, e denominado como inconsciente coletivo?
Freud relata a importância da dissecção da personalidade psíquica, no sentido do diagnóstico dos conteúdos da mente, para nos esclarecer sobre os sintomas do paciente:
“A divisão do psíquico em inconsciente e consciente é uma premissa fundamental da psicanálise e somente ela torna possível entendermos os processos patológicos psíquicos, que são tão comuns quanto importantes, e encontrar um lugar para ele na estrutura da ciência”. (Freud, pg. 27 Vol. XIX).
Freud (Vol. XIX 1925), faz uma dissecação da psique. O Superego contém elementos de intensos sentimentos de culpa e pode ser relacionado à uma instância da consciência que exige explicação. O Ego pode ser chamado de razão e senso comum, em contraste com o Id, que contém as paixões. Freud demonstra a importância do Ego, que se manifesta normalmente sobre o controle da vontade, assim como a sua relação com o Id. Ele é um cavaleiro que tem de manter controlada a força superior do cavalo.
Freud faz uma alegoria da estrutura da psique com a imagem de uma carruagem. Nessa imagem, o Ego seria o ser conduzido pelo cocheiro, o Superego, e o cavalo, o Id. Vimos que o cocheiro representa o Superego, o cavalo representa o id e o Eu humano está fragmentado atrás da boleia com pequeno domínio da direção de si mesmo. Assim, vimos um Ego dominado pelo Superego e pelo Id. Uma das premissas da psicanálise é a de que o Ego vai tomando a direção desse cavalo. O cavalo é um instrumento que capacita o Ego a conseguir uma progressiva conquista do Id. Logo, liberação das repressões para se conseguir maior satisfação nos seus atos, saúde e bem-estar.
A psicossomática se baseia nessa mesma premissa. Logo, a autora seguiu com essa abordagem para desenvolver a Terapêutica Homeopática Integrativa Multidisciplinar (TIHM) para demonstrar o critério adotado para avaliação da evolução da individuação demonstrada nos conteúdos inconscientes, sua importância na evolução da consciência, sua eficácia clínica complementar. A TIHM vai ampliar o Eu consciente e levá-lo a tomar a direção do cavalo, na liberação dos recalques e do Superego em fases, etapas e jornadas caracterizadas através da leitura dos símbolos e significantes expressos nos sonhos em reprodutibilidade em todas as pessoas hoje em torno de 500 a 600 que se lembram dos sonhos. Apenas uns 5 a 10% das pessoas não se lembram dos sonhos. A TIHM estimula a lembrança de sonhos. Essas etapas, surpreendentemente, vão ter uma correspondência a uma jornada arquetípica demonstrada no inconsciente coletivo por Jung e pós Junguianos como os 22 níveis da consciência. A TIHM vai fortalecer o ser humano diante dos três perigos: o mundo externo, a libido do Id e a severidade do Superego. Todo esse processo é observado na evolução dos sonhos.
Freud, talvez, não pudesse imaginar que esse “tomar a direção do cavalo”, ou “do carro”, já existisse enquanto significante no inconsciente coletivo descrito como possibilidade de evolução humana. Talvez, ele não soubesse, também, que se pode alcançar o inconsciente coletivo em várias intensidades e que esse estágio de ser o cavaleiro do cavalo, é a 7° etapa da jornada arquetípica, representada no tarô, como o Carro. Nesse caminho, o homem vai progressivamente tomando domínio do inconsciente, transformando em consciente, expandindo a sua liberdade de ser e seu caminho para sua cura. A psicossomática moderna naturalmente segue essa ideia no sentido de atenuar e prevenir a doença. Baseia-se em expandir esse Eu consciente, o recordar, repetir e elaborar os conteúdos inconscientes para que nos libertemos das identificações negativas, marcas, traumas das doenças e tenhamos saúde e bem-estar.
Curiosamente, na cultura Hinduísta a alegoria do ser trino está representada numa carruagem:
(…) “O cocheiro tem nas mãos as forças dos cavalos, os instintos, mas também as do discernimento, da mente, a carruagem é o corpo físico; e, no seu assento privado, está um passageiro especial, o espírito, que tem o saber necessário para determinar ao cocheiro qual o rumo a seguir, isto é, se o cocheiro considerar ou conseguir ouvi-lo”.
No tratado Metódico de Ciências ocultas podemos observar versões de uma alegoria milenar, extraída dos “Puranas”, livros que contém a Filosofia Hinduísta antiga. Na verdade, a busca do fortalecimento desse Eu fragmentado num Eu consciente, que toma as rédeas da sua própria vida, é um objetivo milenar. Observamos a veracidade mais uma vez disso quando essa conduta é observada em várias abordagens terapêuticas. Além disso, com a utilização da TIHM, fica demonstrado que há um estímulo a esse Eu consciente e a sua importância para uma ampla melhora clínica, psiquiátrica e na prevenção de doenças.
A progressão na evolução da conquista desse Eu consciente na direção da sua própria vida pode ser vista dentro de uma jornada arquetípica considerando o inconsciente coletivo de Jung. Isso significa o entendimento de todo um material de imagens simbólicas que norteiam o diagnóstico da psique e que nascem do nosso intelecto ordenado. A avaliação do material simbólico pode ser amplificada pela analogia, deixando o sentido final do símbolo sempre livre e sem limites. Essa jornada pode ser representada pelas figuras do tarô, que representam os 22 símbolos e que nos norteia nessa jornada”arquetípica,” simbólica de evolução. Essa evolução, como uma jornada simbólica em 22 níveis, está descrita em várias religiões e filosofias antigas, tais como no Hinduísmo, na Teosofia, em Helena Blavatsky, em Dante Alighieri e nos pós-junguianos, como Sallie Nichols.
A TIHM obedece a essa metodologia na busca do Eu mais integrado, do Eu mais consciente, do Self, do centro da psique,que é um antigo objetivo da humanidade, dentro das religiões, da Psicologia, na Medicina, na Psiquiatria e na Psicossomática. “Entende se que a unidade na diversidade, nos leva a uma boa pista científica”. A TIHM demonstra ser um porta-voz nessa evolução da consciência, saúde e bem-estar. Ela utiliza-se do critério do adquirir esse Eu consciente no estudo metodológico da evolução psicológica do ser humano. Ela vai estimular a construção desse Eu consciente, da individuação, cumprindo com um dos objetivos da psicossomática, que é a eficácia, a melhora clínica e psíquica, demonstrando que essa via de cuidado pode ser um caminho de relevância na prática médica.
A TIHM contém uma experiência de 26 anos, período durante o qual pode ser observada a evolução de cerca de 750 casos com boa ação complementar e eficácia Clínicas e Psicológica e Psiquiátrica.
A TIHM foi desenvolvida a partir da prática clínica e com estudos bem focados na ampliação da arte médica. Ela consiste numa releitura da Homeopatia com a psicossomática. Portanto, uma expansão do método da Homeopatia desenvolvido por Samuel Hahnemann (1755-1843). A TIHM considera os sintomas mentais e os sonhos como elementos de grande hierarquia na busca da medicação correta, como indicado pelo criador da Homeopatia. Associa-se esses conhecimentos à estrutura triangular do ser humano, descrita por Freud (1853-1939), Pierre Weil (1924-2008) e pela Medicina Antroposófica. Pode-se dizer que esses conteúdos foram associados à psicossomática, à Psiquiatria, à Psicanálise, à Psicologia Junguiana e à Medicina Chinesa.
Hahnemann não poderia imaginar quão eficaz seria a homeopatia no desvendar e no cuidado do indivíduo no que tange à sua evolução psíquica, social, da consciência e da saúde.
Com a utilização da TIHM demonstra-se ser possível estimular o Eu consciente. Ele é buscado na psicossomática para o cuidado e para a atenuação da doença e do mal-estar do ser humano. Observa-se a promoção da individuação, descrita por Jung como caminho da evolução do Eu fragmentado para o Eu mais consciente ou Self. Através da orientação obtida a partir desse autor, foi possível encontrar os medicamentos integrativos para a psique no repertório e matéria médica homeopática de Barthel. Os medicamentos integrativos vão promover a integração dos elementos masculinos e femininos na psique, associados a outros três medicamentos em sequência. Esses vão estimulando o recordar, o repetir e elaborar a expansão do Eu consciente, Self. Através da indicação de Freud para a melhora clínica e do bem-estar do indivíduo, foi montada a sequência medicamentosa, gerando a integração progressiva do inconsciente com o consciente, a atenuação do Superego, a liberação dos recalques e a atenuação da resistência em concomitância (Freud 1998). A sequencia medicamentosa age na estrutura e no terreno do homem como um todo, integrando a tripartição: o pensar o sentir e o querer; tornando esse Ego cada vez menos fragmentado, mais integrado ao Eu consciente, Self, Si mesmo tomando a cada vez mais as rédeas do cavalo considerando a alegoria da carruagem. Esse processo foi crescendo, gerando as transformações em fases, etapas, jornadas no caminho da consciência, do qual foi caracterizado pelas observações e leituras dos sonhos das pessoas que a utilizam.
A TIHM promove um tratamento do terreno, da base, da estrutura do ser humano, que favorece um equilíbrio progressivo da energia vital do indivíduo, semelhante ao objetivo do criador da homeopatia.
Ela promove a integração do neurossensorial, do pensar, do ritmo, do sentir, do metabólico, do querer e da vontade e estimula o Eu consciente, como indicado por (Steiner 1992), idealizador da Medicina Antroposófica. O ser humano em geral tem um objetivo e faz o oposto da vontade, pois não está integrado ao Eu consciente e sim ao Ego, ao Eu fragmentado. A maioria dos esforços terapêuticos do ser humano objetivam resgatar essa direção de si mesmo, nomeado por Jung como individuação.
A TIHM promove o diferenciar e o integrar ao Self, como indicado por Jung em camadas, utilizando essas sequências de medicamentos, Lyc./Nuxvom.,Phosh/Sep., Natr. mur., Aur. Met., Lyc./Nux vom., gerando fases, etapas e jornadas no caminho da individuação ou da conquista progressiva de um Eu consciente. Essa via constitui um amplo e infinito holograma da evolução da consciência.
Todo este processo é demonstrado através dos estudos dos sonhos, dos casos em seus aspectos semióticos simbólicos, arquetípicos, que podem pertencer a um inconsciente individual, coletivo e transpessoal. Isso confirma uma expansão da consciência do indivíduo em si mesmo, mais sujeito na sua história e uma eficácia clínica significativa complementar às condutas da medicina tradicional e da Psicologia. Através desse estudo, observa-se um estímulo à pulsão de vida, uma atenuação da pulsão de morte, uma construção do Eu integrado, que sugere estar em correspondência com o Eu consciente (Freud, 1937), a organização do Eu (Steiner), o “em si mesmo” (Jung, 1945) e o sujeito em Lacan (1950). Com a utilização da TIMH alcança-se uma diminuição da pulsão de morte e um estímulo à pulsão de vida, uma atenuação da neurose, da compulsão ao trabalho, da renúncia ao prazer, dos complexos, dos sentimentos de culpa, da raiva, dos ressentimentos, da agressividade, do medo, uma atenuação das emoções negativas e uma atenuação das doenças e sua prevenção.
Objetiva-se, dessa forma, alcançar esse Eu consciente com todas essas ampliações de possibilidades, pois estamos dentro de uma hipótese bem conhecida na psicossomática; a de que esse Eu consciente, Self, promove um alinhamento biopsíquico, tem um efeito de estímulo à defesa imunológica, a uma homeostase do organismo, uma integração no corpo físico, vital, emocional e mental e espiritual.
Pode-se demonstrar a cientificidade do método com sua reprodutibilidade e a sua significativa efetividade clínica através do estudo dos conteúdos do inconsciente, símbolos arquetípicos e significantes, manifestados nos sonhos, caracterizando as sequências, fases, etapas e jornadas, cada uma com seus aspectos singulares e de semelhança entre elas, em pessoas diferentes. Pode-se demonstrar em um estudo muito amplo da psique dos pacientes, o qual irá contribuir para a Semiologia da psicossomática.
“A TIHM apresenta uma casuística quantitativa muito ampla, em torno de 750 casos, em várias áreas da medicina, classificados por eficácia, em: excelente, muito bom, bom e resultados regulares, “vide Site”“. A casuística qualitativa foi descrita segundo anamnese: tradicional, homeopática e sua evolução clínica e psicológica. A evolução psicológica é avaliada por meio da evolução dos sintomas psicológicos e do desenvolvimento dos sonhos. No desenvolvimento dos sonhos há a demonstração de uma catalisação do processo psicoterápico, uma ressignificação de conteúdos inconscientes psíquicos, uma evolução da consciência que tem uma correspondência com a individuação, o alcance do indivíduo mais “em si mesmo” (segundo Jung) e no Eu consciente (segundo Freud). Concomitantemente, relata-se uma evolução clínica e psiquiátrica através dos depoimentos dos pacientes.
Os casos são acompanhados por uma evolução clínica, psicológica e dos símbolos de transformação, dos significantes, que são interpretados em concordância com Freud, Jung e a Semiótica. Essas interpretações contêm também estudos da Literatura, da Filosofia, da Religião e da Semiótica. Segundo Charles Pierce (1839-1914), a última é uma teoria geral das representações, que leva em conta os signos sobre todas as formas e manifestações que assumem “linguísticas ou não”, enfatizando a propriedade de convertibilidade recíproca entre os sistemas, significantes que integram. A Semiótica é o estudo da construção de significado, o estudo dos processos de signo e do significado de comunicação, que consistem em todos os elementos que representam algum significado e sentido para o ser humano, abrangendo as linguagens verbais e não verbais. Os objetos de estudo da Semiótica são extremamente amplos, consistindo em qualquer tipo de signo social, por exemplo, seja no âmbito das artes, cinema, fotografia, religião ou moda. Utiliza-se a Semiótica para a ampliação do estudo dos significados dos sonhos dentro da psicossomática, da Psiquiatria e da Psicologia.
O método da TIHM promove a evolução da individuação, mas com uma caracterização bem clara de cada etapa e fase em reprodutibilidade. Cada etapa é constituída por quatro fases: integração física, vital, emocional e mental. Cada fase contém sete sequências medicamentosas utilizadas, percorrendo o eixo psiconeuroendócrino nos sete centros vitais.
Observa-se que a cada etapa o indivíduo vai ocupando cada vez mais esse centro dentro de si mesmo. Assim, o indivíduo vai expandindo e conquistando cada vez mais essa casa nesse Eu consciente, levando a um sentimento de plenitude, satisfação e expansão da função transcendente. Concomitantemente, dentro desta sistemática desenvolvida, há uma atenuação do Eu fragmentado e os temperamentos que estão relacionados a esses; digamos, podemos alcançar o quinto temperamento, um temperamento mais neutro em etapas. Esses são descritos desde a Antiguidade, tais como: colérico, sanguíneo, melancólico e fleumático.
Jung nos apresenta uns sistemas dentro dos seus intensos estudos feitos sobre os sonhos. Ele nos relata que os sonhos obedecem a uma configuração ou esquema. Através da observação dos sonhos durantes anos, Jung percebe um processo lento de evolução, de mudança psicológica, que ele denominou de individuação, a jornada do alcance do si mesmo ou sua própria essência, onde os indivíduos evoluem naturalmente. Segundo Jung, a psicoterapia irá catalisar esse processo. A TIHM consegue contribuir, também, com esse processo de catalisação.
A individuação é considerada como uma jornada no processo de autoconsciência e autodesenvolvimento, um caminho universal dentro da Filosofia, da Teosofia e das religiões antigas. Ela consiste em promover progressivamente a expansão do Eu consciente e uma atenuação da persona, das máscaras do Ego, e o encontro progressivo com a sua própria essência, o si mesmo. Com o desenvolvimento da TIHM, pode-se demonstrar que esse caminho desde a Antiguidade é muito importante para a cura das doenças e para a melhoria do bem-estar individual e coletivo. Assim, obtém-se uma ação realmente positiva, boa eficácia em todos os campos da Medicina, doenças psiquiátricas, alérgicas, neurológicas, gastrointestinais, autoimunes e comportamentais.
Observa-se uma tendência da entropia, ou desordem interna, da desorganização energética, da doença para a centropia, impulso para organização interna e para a saúde. Logo encaminha se do Eu fragmentado para o centro da psique ou o si mesmo, fazendo a comunicação Ego/Self, como proposta na psicossomática Junguiana.
Com o uso da TIHM, progressivamente ocorre o processo da individuação, permitindo ao indivíduo vislumbrar seu Eu além das nuvens inconscientes, do seu imaginário, gerando o contato com o seu real desejo. Assim, alcança-se o ser sujeito de si mesmo, o estar menos objeto na relação com o outro. Dessa forma, ocorre uma atenuação do curto circuito do desejo e da neurose. Concomitantemente, há uma diminuição da severidade dos sentimentos de culpa, que correspondem ao Superego ou a pressão que este exerce sobre o Eu. Ocorre, também, uma expansão da atuação do Eu consciente diante dos três perigos descritos por Freud: o Superego, o id e o mundo externo (Freud, 1937). O indivíduo vai desvinculando sua vontade do eixo triangular edípico, atenuando os sentimentos de culpa inconsciente, prevenindo e curando doenças:
“Por conseguinte, a superação do complexo de Édipo coincide com o modo mais eficiente de dominar a herança arcaica e animal da humanidade”. (Freud 1967).
A cada etapa ocorre uma atenuação dos temperamentos descritos como colérico, melancólico, sanguíneo e fleumático. Além disso, há um melhor manejo influente do pensar sobre o querer através da integração com o sentir, com a esfera da consciência coração, levando ao desenvolvimento do amor tanto ao próximo quanto a si mesmo e a uma atenuação da necessidade de poder na relação consigo e com o outro.
É importante ressaltar que a TIHM, naturalmente, se apresenta como uma via complementar a medicina tradicional alopática e pode-se substituir ou adicionar a medicação alopática tradicional.
A casuística quantitativa e qualitativa compreende, na maioria dos casos, a utilização apenas da medicação sequencial homeopática medicação Alopática em casos crônicos, dentre outras medicações da Antroposofia, Fitoterápicas, Suplementos. Importante dizer que utilizo as gamas possíveis e necessárias das medicações alopáticas, tenho formação na área Clínica, Homeopática, Antroposófica e Psicossomática. A Terapêutica age como básico e complementar levando a complementar as vias de medicina existentes. Pode se atenuar a dependência de medicações e seus efeitos colaterais. Quanto mais se utiliza da TIHM, maiores as possibilidades de bem-estar, cuidado e prevenção de doenças.
Jung pesquisa profundamente a Teologia Cristã, a cultura oriental, além da Alquimia, que era uma via de estudo da Teologia Cristã. Ele envereda pelos estudos da Alquimia e da Teologia porque via muitos elementos simbólicos dessa época nos pacientes do século XX e nos sonhos que tratava. Jung observa e confirma que existem diversos estágios de consciência. Segundo esses estudos, pode-se dizer que ela funciona de acordo com certos estágios, que o inconsciente associado ao consciente vai percorrendo camadas, confirmando o que foi descrito pela Teologia e pela Alquimia, nessa cartografia da consciência retratada no quadro do Juízo final de Miguel Ângelo.
Jung cita o Rubedo como a “quarta consciência” e relata ter chegado lá com a imaginação ativa. O primeiro Rubedo representa a sétima etapa. Jung relaciona a Psicologia à Alquimia como uma cartografia da consciência de forma alegórica, alimentada por elementos arquetípicos arcaicos, como no quadro do Juízo Final (Miguel Ângelo), onde vimos o Nigredo, o Albedo como a terceira consciência. (Jung, 1945, vol. XII).
Com o uso da TIHM, pode-se dizer que é possível chegar a esta terceira/quarta consciência com o auxílio da Homeopatia, como descrita por Jung (1945), que vai corresponder à sétima etapa no sistema da TIHM. Podemos alcançar em etapas níveis de consciência que têm uma correspondência com os 22 níveis de consciência nesse sistema, que também pode corresponder ao Rubedo, descrito por Jung.
Vamos demonstrar a evolução arquetípica, na jornada da consciência. Nos livros e artigos a ser publicados no decorrer demonstraremos casos, comprovando e demonstrando a exposição feita sobre as etapas. É possível observar a história simbólica, arquetípica da consciência, em seus níveis em etapas no caminho da individuação. Concomitantemente, demonstra-se uma melhora clínica importante do ser humano como um todo.
Como já descrito, pressupõe-se certa correspondência na evolução das etapas da TIHM, onde se sabe que está em certa intensidade e que se apresenta como a intensificação da expressão do Eu em um holograma da consciência. Observa-se, percebe-se aspectos qualitativos significativos, que demonstram como com a TIHM pode-se adquirir uma faceta, um lampejo desses aspectos representados simbolicamente nos que 22 níveis arquetípicos da consciência, descritos desde a cultura Egípcia, Judaica, Teosófica até Jung e os Pós-Junguianos. Essa correspondência é observada pela análise e pela interpretação da evolução dos símbolos e dos significantes, como é observada pelos Pós-Junguianos, como, por exemplo, Salie Nichols (1980).
Curiosamente, Dante descreve na Divina Comédia, simbolicamente, uma arquitetura, uma anatomia do inconsciente, uma representação simbólica, dos sítios, arquetípica dos espaços a serem percorridos para evoluir com a individuação expressos no inconsciente coletivo, demonstrado por Jung, após estudos feitos, principalmente, da Teologia e da Alquimia. Observa-se nesse quadro do Juízo Final uma série de símbolos importantes na nossa cultura Judaica Cristã que expressam o mito da queda do paraíso. Observa-se nesse quadro, utilizado por Jung e confirmado pelos estudos semióticos da Terapêutica e por parte da Psicologia, como cartografia da consciência, três estágios de consciência: nigredo (inferno), albedo (purgatório) e Rubedo (céu).Para Jung (vol. XII), a Alquimia contém vários conteúdos importantes e semelhantes aos da Psicologia moderna, por exemplo. Para ele o Nigredo da consciência corresponde a um estágio onde o indivíduo está cheio de projeções de conteúdos psíquicos e imaginários, complexos em geral, preso a identificações dentro da hereditariedade, animalidade, marcas, traumas, padrões de comportamento, temperamento sem autonomia do si mesmo, expostas à pulsão de morte. A progressiva autonomia do si mesmo significa a escalada no caminho da individuação e um caminho de cuidado e prevenção de doenças. Esse estágio, onde a fragmentação psíquica é muito grande, vivemos sob o domínio inconsciente de três elementos arquetípicos: a passionalidade, o poder e o conhecimento. A escalada da individuação, a autonomia do si mesmo, nos faz despojar desses elementos imaginários de satisfação e estimula o indivíduo a avançar em elementos de solidariedade. Portanto, preconiza-se a individuação, com o objetivo de contribuir para uma evolução humana e social.
Fazendo uma correspondência com a psicossomática, esse indivíduo nesse estágio está exposto a fragmentações nos campos físico, vital, emocional, mental e imunológico, ou de defesas em geral do organismo dentro paradigma corpo e mente. Pressupõe se que quanto mais se conquista a autonomia do si mesmo, o eu consciente, o self em nós mesmos, a nossa própria praça, mais teremos uma melhora imunológica ampla e prevenção de doenças.
Pode-se dizer, fazendo uma correspondência com Freud, que o Nigredo é quando o indivíduo está, na verdade, cerceado pelo prenúncio de um traço de hereditariedade e de animalidade arcaica. Pode-se dizer que o indivíduo está limitado pelos traços, marcas, a repetição do traço num espaço onde o Eu consciente está dominado por esses aspectos no campo do inconsciente com pouca autonomia. Pode-se apontar, também, onde o indivíduo tem um intenso Superego e intensos elementos do Id, onde seu Ego está cerceado na sua liberdade.
O aprisionamento nas nossas identificações hereditárias e nas marcas do passado são os grandes cerceamentos que temos em nós mesmos da nossa liberdade, criatividade, afetividade e capacidades em geral.
Na TIHM, a saída do Nigredo corresponde à nona fase, o primeiro renascimento na terceira etapa.
O Albedo é um estágio de evolução em relação ao Nigredo onde há a atenuação ou a purificação de todos os elementos acima citados e que corresponde, na Terapêutica, da décima fase à quinta etapa.
O Rubedo é um estágio avançado de evolução da consciência. Ele corresponde, na terapêutica, à sexta e à sétima etapas, onde o indivíduo se despoja de forma significativa de sua persona e se encaminha no seu “si mesmo”. Obviamente, esses estágios ocorrem como um holograma na consciência.
Curiosamente, Dante, em a Divina Comédia, lembrando que é uma leitura importante do nosso inconsciente coletivo, relaciona esse estágio, com a sétima etapa, “alegoricamente como à saída do “inferno”“. Logo, os símbolos de transformação, importantes na nossa cultura, vai nos guiar no caminho da evolução simbólica, arquetípica, da consciência que pode ser relacionada ao inconsciente coletivo, descrito por Jung.
O nosso inconsciente, demonstrado por Freud e Jung, é constituído por x símbolos importantes da nossa cultura. Na construção da TIHM com a Psicossomática, iremos utilizar desses símbolos, significantes, como aspectos semióticos, semelhante a um RX para diagnosticar para nos dar o parâmetro e acompanhamento dos os medicamentos homeopáticos sequenciais e demonstrar uma evolução segura com o processo integrativo nos elementos mentais, na psique podem promover a evolução da consciência do ego, eu fragmentado ao Self, de forma progressiva. Como descrito desde a antiguidade, a podem nos auxiliar-nos a atenuar o mal-estar, a doença ou a preveni-la e naturalmente contribuir para a evolução da humanidade. Os “símbolos são tratados por Jung como símbolos de transformação”. Eles apresentam no que tange o inconsciente coletivo, significados semelhantes em nós mesmos que podem ajudar a demonstrar o estágio de consciência no qual nos encontramos.
Podem-se observar arquétipos naturais dos sítios: florestas, pico, colina, montanha, vales e portas. A floresta, por exemplo, na Psicologia, pode significar uma angústia existencial, medo das revelações do inconsciente e do domínio pelo mesmo.
Em Dante, na Divina Comédia, um sítio no “inferno” ocupa a floresta onde o Eu consciente está dominado pela obscuridade do inconsciente e três feras selvagens, símbolos dos pecados, da luxúria, do orgulho e da avareza. Pode-se relacioná-la também com o símbolo dos perigos, dos erros e dos desvios do mundo. Pode-se representar uma evolução da floresta ou do campo quando ele surge de cor verde, o que pode representar a regeneração.
Observa-se no “purgatório”, por exemplo, elementos de montanha, símbolo de transcendência, de encontro com o céu e a Terra. Pode-se dizer que há um significado também de atenuação dos elementos de repetição, hereditários e de animalidade. O texto de Isaías (2:3) continua, à imagem da alta viagem de Dante: para lá irão muitos povos, dizendo: Venham! Vamos subir a montanha de Javé, vamos ao Templo do Deus de Jacó, para que ele nos mostre seus caminhos e para que possamos caminhar em suas verdades.
Pode-se dizer, também, sobre a tradição, dentro do inconsciente coletivo, que a porta pode simbolizar um lugar de passagem, dois estados, dois mundos, o conhecido e o desconhecido, que se abre para o mistério, uma passagem. Pode-se demonstrar, em cima da porta do purgatório, em Dante:
“Eu vi uma porta e três degraus embaixo, para ali subir, de cores diferentes e um porteiro que não pronunciava palavra” (…)
“Ide adiante, ali está a porta,
E que vossos passos para o bem, ela avance,
“Aos nossos degraus então nos aproximamos”. (Dante, p. 76, 78.).
Observa-se, frequentemente, no processo de individuação, elementos de renascimento expressos em presença e nascimento de crianças. Segundo Jung, o elemento de renascimento é uma base muito forte para saber que estamos no caminho seguro do processo de individuação. Significa um estímulo à pulsão de vida, libertação de identificações e complexos autônomos. Na Terapêutica, isso ocorre na primeira fase de cada etapa, que é a integração do corpo físico.
Observa-se nessa cartografia da consciência, por exemplo, o símbolo das roupas como um elemento de vergonha. No mito da queda do paraíso, que representa também estágios onde o ser humano está muito envolvido na persona e com sentimentos de culpa, o indivíduo é dominado pelas influências do pecado original. Esse, por sua vez, tem uma correspondência com o complexo de Édipo. Nesse estágio a roupa surge escura. Na medida em que há uma evolução do si mesmo, passando pelo Albedo, a roupa vai se tornando branca. Mais à frente, no estágio do Rubedo, a roupa pode aparecer ou outros elementos como um sapato ou um carro na cor vermelha, que corresponde ao “céu” da consciência. Esses símbolos e essas cores são frequentes no desenrolar dos vários casos no processo da individuação com a TIHM.
A Divina Comédia, escrita por Dante Alighieri, representa um caminho repleto de imagens arquetípicas de um processo de individuação do ser humano em correspondência aos 22 níveis de consciência descritos nesse trabalho.
Atualmente, podemos dizer que temos em torno de 550 pessoas que fizeram até a terceira etapa, 250 pessoas que fizeram até a sétima etapa e em torno de 25 pessoas que fizeram todos os primeiros 22 níveis de consciência. Todo esse material simbólico arquetípico consiste em aproximadamente 100 mil páginas de sonhos relatados pelos pacientes, demonstrando a veracidade da evolução da via de individuação na história desses indivíduos.
Dentro desse sistema de evolução desenvolvido pela TIHM, as primeiras sete etapas representam um relativo avanço na conquista do si mesmo, possibilitando ao indivíduo tomar a direção do seu carro significativo, “as rédeas do seu cavalo”,pela primeira vez. Pode-se dizer que consiste no objetivo de grande parte das psicoterapias, onde o indivíduo torna-se sujeito de si mesmo e atenua seu lado “objeto” em relação ao outro. Observa-se até aí uma significativa evolução clínica, principalmente, nos transtornos depressivos e de ansiedade, comuns nos tempos atuais, e várias melhoras clínicas diversas, dado a importância do elemento psicossomático nas doenças.
Até a sétima etapa, que representa a etapa do carro, há uma relação simbólica com a saída do Nigredo, ou certo inferno da consciência, como ilustrado no quadro “O Juízo Final”, de Miguel Ângelo, e, também, por Dante Alighieri, na Divina Comédia. Todos esses expressam uma cartografia da consciência humana. Para Jung, o Nigredo pode significar onde o ser humano está com o Eu muito fragmentado, dominado pelo inconsciente individual e coletivo e em sofrimento. Ele se encontra dominado pelos seus complexos, traumas e marcas.Isso, também, significa estar dominado pelas suas pulsões, pela sua animalidade, pelo seu temperamento e pela sua sombra. Naturalmente, nesse estágio o ser humano está mais exposto a doenças e ao mal-estar.
Da oitava até a décima quarta etapa, referente ao Albedo da consciência, o Eu consciente está expandido, em maior clarificação e caminha do arquétipo da justiça até o arquétipo da temperança. Mais uma vez, vemos o avanço do Self sob a persona, sobre o Ego, sobre a pulsão de morte e um estímulo à pulsão de vida. Observa-se a conquista de uma tomada de consciência na décima quarta etapa da TIHM. Assim, conquista-se o dobro da consciência da sétima etapa no caminho da individuação. Concomitantemente, observa-se uma melhora clínica e psicológica. Para Jung, os estágios do Albedo já têm uma atenuação de sua sombra, uma clarificação e tomada de decisões mais de acordo com a sua persona.
Da décima quinta até a vigésima segunda, temos mais oito etapas referentes ao espaço do Rubedo, o céu da consciência. Para Jung, o Rubedo representa o céu da consciência, onde o ser humano possui sua sombra bastante atenuada, sua primitividade e seus elementos negativos e uma consciência mais ampla de si mesmo.
“vencedor é aquele que enfrenta o combate dos opostos (consciente e inconscientemente)e, então, a visão literalmente se amplia e o sol ilumina o que antes se encontrava na escuridão. O três e o quatro já remetem a passagens anteriormente desenvolvidas. O três já é uma vitória sobre os opostos e muitos param aqui (Albedo).
Os que prosseguem até o quatro perfazem o quatérnio completo (Rubedo) e inscrevem na existência a sua vitória sobre a indeterminação do inconsciente. “É o vermelho da vida, o sangue do coração, sem o qual não se atinge a plenitude”.
Carl Gustav Jung, Aion (1988).
A anima e o animus têm um papel mais vital, pois eles permitem ao espírito harmonizar-se com os verdadeiros valores interiores, dando-lhes acesso mais avançado em um ser profundo (…) por meio desta receptividade particular; a anima e o animus asseguram um papel de guia, de mediador, entre o Eu e o mundo interior, o si próprio. Esse é o papel de Beatriz de Dante, a fim de iniciá-la à uma vida mais elevada e mais espiritual. Pressupõe-se demonstrar com a casuística qualitativa que a Divina Comédia expressa uma “anatomia” ou “arquitetura” da psique humana, na qual o indivíduo evolui nesse processo universal de individuação em ciclos de 22 níveis, descritos em várias filosofias e na Psicologia e nos Pós-Junguianos.
Abaixo, uma pintura do século XV, onde Dante segura o livro “A Divina Comédia”, que relata o seu sonho de uma viagem ao inferno (base da figura), ao purgatório e ao céu.
A gravura acima representa a jornada do peregrino no “Pilgrim´s Progress”, de John Bunyan (1678). Nota-se que a viagem está representada por um movimento circular em direção ao centro interior.
“Por conseguinte, a superação do complexo de Édipo coincide com o modo mais eficiente de dominar a herança arcaica e animal da humanidade” (Freud, 1987).
Assim, demonstra-se que a TIHM atenua as influências do complexo de Édipo e a animalidade, promovendo a individuação.
A T.I.H.M. pode ser considerada como uma via complementar, uma ampliação na Homeopatia, a partir de um método multidisciplinar inédito, com boa eficácia clínica. Foi desenvolvido nos últimos vinte e um anos, a partir de uma reinterpretação ou releitura da Homeopatia, em convergência com outras áreas do conhecimento como a Psicanálise, a Antroposofia, a Psicossomática e a Medicina Oriental em uma multidisciplinariedade. Promove uma evolução psicológica catalisando o processo psicoterápico em semelhança do caminho de individuação, em fases, estágios, atenuando a repetição de marcas na memória na psique, padrões identificatórios, elementos negativos da hereditariedade e da animalidade e temperamentos. A T.I.H.M. pode demonstrar a eficácia da Homeopatia, a possibilidade dela estimular a individuação, reproduzível numa casuística qualitativa, em torno de 500 casos até então observados. Evidencia também a eficácia da Homeopatia, através de sua ação positiva clínica e psiquiátrica surpreendente e sua ação na prevenção de doenças. Apresenta-se uma amostra quantitativa com ação clínica positiva (de intensidade variável) em 700 pessoas.
A T.I.H.M. demonstra elementos na dinâmica da psique descrita por Freud (1987), Jung (1998), Weil (1977) e outros, muito importantes para a Psicossomática em concordância com Ramos (1990), Guir (1988), Caldeira and Martins (2013), Wartel (1990) and Mindell (1987). Pode demonstrar a existência de uma cartografia da consciência, como retratada por Jung (1976).
A T.I.H.M. fortalece o eu consciente, no campo do corpo físico, imunológico, corpo vital, emocional e mental, proporcionando um estímulo pulsão de vida, intensifica a ponte EGO-SELF atenuando os obstáculos entre eles, e as as barreiras entre o significante que resistem à significação em nossa mente, uma integração do inconsciente ao consciente, reduzindo assim os elementos patógenos inconscientes, o ego e o eu fragmentado. A atenuação dos conteúdos patógenos inconscientes, em repetição na psique, que são demonstrados nos sonhos, coincide com a redução de elementos da pulsão de morte, sintomas, doenças e mal estar.
“Ademais, devemos lembrar que os mesmos processos pertencentes ao inconsciente tem seu desempenho na formação dos sintomas, tal qual o fazem na formação dos sonhos, ou seja, condensação e deslocamento”. (Freud, 1969, p. 428).
“Para o médico, a enfermidade só consiste na totalidade dos seus sintomas.” (Hahnemann, 1982).
“Os sonhos contêm imagens e associações de pensamentos que não criamos através da intenção consciente. Eles aparecem de modo espontâneo, sem nossa intervenção e revelam uma atividade psíquica alheia à nossa vontade arbitrária. O sonho é, portanto um produto natural e altamente objetivo da psique, do qual podemos esperar indicações ou pelo menos pistas de certas tendências básicas do processo psíquico.” (Jung, 1978).
“O modo específico de o inconsciente se comunicar com a consciência é o sonho. Da mesma forma que a alma tem seu lado diurno, que á a consciência, ela também tem o seu lado noturno, seu funcionamento psíquico inconsciente, que poderia ser concebido como o fantasiar onírico.” (Jung, Ab-reação, análise 2011, p. 31).
Esse desenvolvimento se dá através de uma releitura da homeopatia, do qual seu criador foi o médico alemão Samuel Hahnemann (1810), pós-Freud (1987) e Jung (1998), considerando a sistematização feita por esses autores sobre a existência do inconsciente, onde, Jung (1964, p. 176) relata: “a descoberta do inconsciente é uma das maiores dos últimos tempos” que servirá de fundamentos à formalização da Psicossomática moderna, associados a conceitos da Medicina Antroposófica, e concordância com Bott (1980) e oriental Nei Ching (1975). Basea-se a ampliação dos estudos dos sintomas mentais e sonhos indicados por Hahnemann como fundamentais para encontrar a medicação correta. Pra tal, fundamenta-se, na dinâmica da psique demonstrada no último século pela Psicologia e Psicossomática moderna para conseguir melhora para conseguir um conhecimento real e ampliação sobre a evolução psicológica do indivíduo.
A TIHM sustenta-se em uma nova possibilidade, que é lidar com as medicações homeopáticas segundo uma estrutura ternária, símbolo do homem, evidenciada tanto por Weil (1977), Freud (1988), Wegman/Steiner (1979), Goethe, citado por Steiner (1980).
Apresenta-se como uma ampliação do método de Hahnemann, da Homeopatia, mantém suas quatro leis básicas: similitude, medicamento único, experimentação no homem sadio, doses infinitesimais.
Utiliza-se de sequências homeopáticas medicamentosas, que se resguardam da possibilidade de criarem patogenesias porque basea-se na estrutura fundamental do homem que é a estrutura ternária e nos sintomas nucleares da neurose e da psicose do ser humano, que são a indiferença na relação com o outro, faz o oposto da vontade e os núcleos de sentimentos de culpa nomeados por Freud (1987) como elementos do Super Ego.
Estimula-se a integração de conteúdos psíquicos arquetípicos femininos e masculinos, inconscientes e conscientes, em concordância com Jung (1971), gerando uma construção do Eu, uma transformação, mudança psicológica do indivíduo, que se refere a uma função transcendente na psique. A função transcendente é importante no processo de individuação, indicado por Jung (1998) como uma via de cuidado e evolução psicológica, harmonização do nosso inconsciente com nosso próprio centro interior, o self. Todo esse processo, de fortalecimento do self, gera a atenuação dos complexos autômatos, dentre outros. Estimula-se o recordar, o repetir e o elaborar, na busca da atenuação dos padrões de repetição e dos sintomas indicados por Freud (1987), fortalecendo o Eu consciente, liberando o Id, os recalques e atenuando o Super Ego.
“O estado de saúde implica entre os dois polos, se um deles tem a tendência de prevalecer sua atividade, temos o desequilíbrio, a doença. É preciso que o equilíbrio seja restabelecido, cuja principal ação cabe ao coração, que passa a funcionar como órgão sensorial, que sente o que a ele se encaminha do polo superior e do polo inferior; e funciona como uma barragem que catalisa o fluxo sanguíneo a fim de harmonizar as duas tendências opostas”. (Bott, 1980, p. 16).
Temos na Homeopatia, uma nova visão, dentro de um novo paradigma, baseando-se o que é semelhante em todo ser humano, no que é reproduzível, que é a tripartição, Weil (1977), elementos ternários, o neurosensorial, rítmico e metabólico, de acordo com Bott (1980), o superego, ego e id, Freud (1987).
Com o uso da T.I.H.M., estamos atingindo os conteúdos patógenos inconscientes, em nível do metabólico, avançando no rítmico, no sentir, elevando-os ao pensar, no neurosensorial e trazendo-os de volta aos elementos metabólicos, com os padrões de comportamentos identificatórios, marcas, traumas mais conscientes, logo atenuados. Estimula o indivíduo a tomar a direção para si mesmo, com o fortalecimento do eu consciente para obtendo mais satisfação, realizações e felicidade em suas vidas.
Observa-se um efeito negativo para as patogenesias, pois se busca atingir os elementos patógenos inconscientes, em nível do metabólico, avançando no rítmico no sentir, elevando-os ao pensar, no neurosensorial e retornando-os na vontade com esses elementos dos padrões identificatórios já atenuados e logo mais conscientes e levando o indivíduo a tomar a direção em relação a eles, fortalecendo o Eu consciente. Iniciam-se as sequencias homeopáticas em CH 15 para atingir o nível rítmico, Bott (1980), uma abertura para a consciência fundamentando-se na Medicina Psicossomática que nos orienta a recordar, diferenciar, elaborar elementos psíquicos e aproximar se do Eu consciente, certo centro da psique, self e liberar os efeitos fragmentários desses. Pode se dizer que Hahnemann buscava em semelhança esse centro, a psora básica, um ponto de maior equilíbrio no ser humano. Weil (1977), p. 164 diz: (…) “A esfinge como símbolo da estrutura psicossomática do homem (microcosmo)” (…)
(…) “Voltando agora à esfinge, já estamos percebendo que os três animais- o boi, o leão e a águia, cujos símbolos já analisamos, correspondem aos nossos três “mundos” físicos, integrantes do nosso corpo.
– O boi corresponde ao nosso sistema digestivo, localizado no abdômen.
– O leão, ao nosso sistema circulatório, localizado no tórax.
– A águia simboliza o nosso sistema nervoso. ” (…) (Weil, 1977, p. 92).
A definição de cura por Hahnemann, parágrafo 2, Organon (2010):
“O objetivo ideal da cura é o restabelecimento rápido, suave e duradouro da saúde ou a remoção e total destruição da doença em toda sua extensão, através do caminho mais curto, seguro e menos prejudicial, baseado em princípios facilmente compreensíveis.” (Pustiglione, 2010, p. 83).
Aprofundando no critério metodológico para os estudos dos sonhos, Jung (1964) diz: “Levar o inconsciente a sério é, afinal de contas, uma questão de coragem pessoal e integridade” e dos sintomas mentais como de alta hierarquia descrito de Hahnemann, na intenção de encontrar a melhor medicação homeopática para o paciente, tornou-se necessário tomar estudos de Jung/Freud/Lacan e Psicologia Transpessoal, associados aos anteriores, desenvolvendo essa transdisciplinaridade que nomeei de T.I.H.M.
Considera-se também Pierce (1999), pai da semiótica, dentro da busca da fenomenologia do real, do diagnóstico, da psique a importância de identificar os signos, os símbolos, os significantes, que estão nos sonhos, como principal essência, no inconsciente, trazendo significados, nos indicando índices de estímulos à Pulsão de Vida, expansão do Eu consciente, uma atenuação da Pulsão de Morte, e do Eu fragmentado.
No âmbito da Medicina, por fim, a semiótica, em concordância com Pierce (1999) é a área que se dedica ao tratamento dos sinais, sintomas das doenças/patologias com base no diagnóstico e no prognóstico, utilizando desse amplo campo simbólico. Todo esse campo pode ser descrito desde o inconsciente individual, como o coletivo, como descrito pela Psicologia Transpessoal. Com a utilização da TIHM, foi confirmado em imagens arquetípicas e simbólicas, que ela promove estágios de individuação de evolução, demonstradas em uma cartografia da consciência de acordo com Jung (1988). Todo esse critério científico referente na Psicologia contemporânea nos proporciona uma segurança na observação da uma evolução psicológica do indivíduo.
Fundamenta-se na utilização dos conteúdos inconscientes como elementos de diagnóstico, utilizando-se do sonho como uma marca, um índice, de acordo com Percie (1999) e toda a Psicologia contemporânea, originando-se daí um significado para nos guiar na evolução da consciência, no fortalecimento, uma construção do eu, tanto imunológico, que vai gerar uma homeostase no organismo, quanto um eu psicológico, emocional e mental. Observa-se que o unicismo, via principal na Homeopatia, trabalha sobre a diferença entre os seres e vários remédios e sua específica semelhança e idiossincrasia. A TIHM toma a via da semelhança entre nós, considerada em toda a trajetória da Psicologia e Psicossomática e Medicina Antroposófica. Vamos ver no indivíduo na sua individualidade, na evolução clínica e psicológica positiva e na sua evolução singular no seu processo de individuação.
Todas as pessoas que se beneficiaram deste método, demonstraram sua eficácia como caminho de cuidado na Homeopatia e na clínica geral e psiquiátrica, na maioria deles podemos suspender ou reduzir a dependência dos medicamentos alopáticos que podem gerar efeitos colaterais. É importante relatar que se utilizam todos os recursos da Medicina tradicional atual, tais como, os exames diagnósticos, prognósticos e terapêuticos da Medicina alopática, utilizando a T.I.H.M., dentre outras medicações como complementares.
Trata-se de uma via, uma possibilidade, logo não se dispensa quaisquer outros métodos clínicos, psicoterápicos e psiquiátricos que tem efeitos significativos por todo o mundo. Apresenta-se essa vertente, porque a vida me trouxe esse caminho, a partir da interessante e instigante viagem do procurar, do pesquisar e do achar elementos que podem trazer contribuições para cuidados do ser humano.
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A concepção das sequências de medicamentos homeopáticos vem da correlação entre as ideias de Weigman/Steiner (1979), Pierre Weil (1977) e Sigmund Freud (1987), sobre a estrutura ternária humana. Essa consiste, segundo a medicina Antroposófica, Bott (1980) e em origens remotas segundo Weil (1977) em neuro-sensorial-cabeça, pescoço, rítmico-pulmão/coração, metabólico-sistema digestivo e sexual. Pressupõe-se uma correspondência entre o pensar/neurosensorial, o sentir/rítmico e o querer/metabólico, com o superego, o ego e o id em uma correlação fundamental onde o inconsciente povoa o metabólico, onde estão os elementos em repetição relacionados à pulsão de morte, marcas, tendências identificatórias que pressupõe ser uma das origens das doenças descritas pela psicossomática, nessa multidisciplinaridade acima citadas. Por isso inicia-se com um medicamento metabólico para começarmos a diferenciação, o recordar e em seguida a integração ao eu consciente- Self. O sintoma e a doença relacionam-se também à quadrimembração (corpo físico, vital, emocional e mental) descrita pela medicina hinduísta oriental e medicina antroposófica.
Pierre Weil (1977) também evidencia a importância desse modelo triangular, estrutural humano, neuro-sensorial-cabeça, pescoço, rítmico- pulmão/coração, metabólico-sistema digestivo e sexual, como acima citado, no livro A Esfinge como estrutura e símbolo do Homem, resultado do trabalho apresentado pelo autor no seu doutoramento na Universidade de Sorbonne, em 1972.
Weil (1977) indica a necessidade de serem feitos vários estudos, no sentido de se provar que a esfinge é o modelo estrutural do homem, mas em seu doutoramento ele já afirma isso, tomando a esfinge como microcosmo nas suas relações com o macrocosmo, guardiã dos modelos cosmológicos mais antigos da humanidade.
É necessário decifrar na psique, em si mesmo, Peirce (1990), Miller (1987), dar um significado aos símbolos, aos significantes, aos complexos autômatos, elementos de repetição, o “Eu fragmentado”, o ego, as identificações, papéis, scripts, marcas, para não ser simbolicamente devorado por eles. A repetição de padrões identificatórios favorecem a pulsão de morte, enquanto que a atenuação deles, como é proposto pela psicossomática, constitui um estímulo à pulsão de vida. Se os conflitos e complexos não são decifrados, vive-se como um indivíduo autônomo.
A T.I.H.M. favorece este decifrar, promove uma ressignificação progressiva deste mental condicionante, libertando o indivíduo, aos poucos, dos elementos inconscientes patógenos, dos temperamentos, de sua hereditariedade. Ela baseia-se nesta premissa da estrutura ternária também incorporada pela medicina antroposófica, pela Psicanálise e, mais tarde, pela Medicina Psicossomática.
Os sonhos constituem importante fator nessa T.I.H.M., como em vários caminhos psicológicos, filosóficos e religiosos para evolução humana, sendo observados enquanto expressão de diagnóstico, marcas, arquétipos, de complexos na psique Jung (1998), expressão da psique, do seu inconsciente vindo à tona no Eu consciente para Freud (1987), expressão do sentir e do pensar na visão antroposófica Weigman/Steiner (1979); e sintoma de alta hierarquia Hahnemann (2001).
A ideia do medicamento integrativo é inspirada fundamentalmente em Jung (1971), Dante apud Bonnell (2005) e em sua descrição e indicação de evolução humana no processo de individuação – a realização do indivíduo na unicidade, a harmonização do consciente com o seu próprio centro interior ou Self. Ele relata que o masculino integrado a sua anima atingem o mundo interno e fortalece a ponte Ego-Self, o centro da psique, o Self, o eu consciente, relacionado nesse trabalho também ao eu integrado e tal como o feminino integrado ao animus estimulam o Self, o Eu consciente. Os medicamentos integrativos estimulam essa pulsão de vida, essa função transcendente, esse avanço na eterificação no alivio de complexos autômatos, atenuam os elementos e emoções negativas, fragmentadas na psique, promovem uma elevação e uma melhora do bem estar preconizada por essas tendências filosóficas curativas. Esses conceitos estão entrelaçados ao conceito da medicina oriental, observa-se o Tao, como estado de totalidade e cura, que se origina na integração do yin e o yang, como conteúdos arquetípicos feminino e masculino característicos da constituição humanas e universais na cultura oriental, na sua medicina, natureza e sociedade. Pode-se compartilhar desses conhecimentos no livro milenar Tao te King e dentre vários outros no livro de acupuntura do Imperador Amarelo (1927).
“A Alegoria da caverna deixa a situação clara. Platão imaginou que a experiência humana era um espetáculo de sombras:estamos em uma caverna atados a cadeiras, por isso enxergamos sempre uma parede, sobre a qual a luz de fora projeta as sombras de formas arquetípicas ideais. Achamos que as sombras são a realidade, mas suas fontes estão atrás de nós, nos arquétipos. No final das contas, a luz é a única realidade, pois tudo que vemos é luz.” (GOSWAMI, 2008).
REFERÊNCIAS
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COMO FUNCIONA
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“Por conseguinte, a superação do complexo de Édipo coincide com o modo mais eficiente de dominar a herança arcaica e animal da humanidade” Freud, (1987).
Os casos clínicos são descritos de acordo com a medicação homeopática sugerida e com a anamnese psicológica. Na análise da terapêutica, leva-se em conta a evolução dos sintomas psicológicos, bem como o desenvolvimento dos sonhos dos pacientes, mostrando como eles são catalisados nesse processo psicoterapêutico e como eles acontecem em fases, etapas e jornadas. Relata-se a evolução clínica e psiquiátrica, a partir das declarações dos pacientes.
Os sete primeiros passos representam uma busca avançada para conquistar o auto desenvolvimento. Aqui, o processo permite que o indivíduo “tome a direção de seu veículo”, “as rédeas de seu cavalo.” Este é o objetivo da maioria dos métodos de psicoterapia, que têm o intuito de capacitar o indivíduo a tornar-se ele mesmo, atenuando sua posição de “objeto” nas mãos do “outro”.
Com a casuística qualitativa do uso da TIHM observa-se uma evolução dos casos, e uma correspondência significativa – considerando aspectos alegóricos, simbólicos, arquetípicos – com os 22 níveis de consciência descritos por pós-junguianos, por Dante Alighieri na Divina Comédia, e em vasta cultura, filosofia e religiões antigas.
A primeira fase caracteriza-se pelo nascimento da consciência do Eu no corpo físico. O indivíduo nasce para o seu Eu no primeiro lampejo de consciência de si mesmo. Ocorre a criação do primeiro eixo psico-neuro-imuno-endócrino do indivíduo, após a ação de sete sequências, cada qual percorrendo os sete centros vitais do organismo, que se referem às sete principais glândulas. Nota-se uma expansão do “Eu integrado”, inicia-se uma ponte do ego para esse “Eu consciente”, e o indivíduo se torna mais sujeito da sua história. Observa-se uma incidência de símbolos arquetípicos que nos remete a significados de renascimento e índices de estímulo à pulsão de vida nos sonhos, tais como: contato com conteúdos de nascimento, o peixe, o ovo de páscoa, o resgate da bolsa como símbolo de identidade, dentre vários outros. Nessa fase, já se abre a consciência para o mental intuitivo, chamado também de Akasha intuitivo, os sonhos se tornam mais claros, com conteúdos premonitórios e mais criativos.
A segunda fase corresponde à integração vital ou no corpo vital, com a criação do segundo eixo do Eu do indivíduo. Nessa fase, ele adquire vitalidade para o seu Eu já um pouco mais integrado no seu pensar, sentir e querer; ele se encaminha com mais energia para seus desejos e sua vontade. Observa-se uma incidência de símbolos que contém elementos de vitalidade, da água, dos vegetais e um rearranjo positivo na esfera da água. Apresenta, imagens arquetípicas que tem uma correlação com elementos alegóricos do “Batismo da Consciência”.
A terceira fase corresponde à integração emocional, ou no corpo emocional, com a criação do terceiro eixo do Eu no indivíduo. Nessa fase, o sujeito é capaz de ter um avanço do domínio diante de si mesmo, do outro e do mundo, com uma mudança de posição. Há um avanço sobre a pulsão de morte, no núcleo de angústia que fragmenta e faz o indivíduo cair no campo emocional, estimulando-se a pulsão de vida. Sua ferida emocional é atenuada, com a diminuição dos sintomas psíquicos e físicos. Como os núcleos de angústia são responsáveis por uma série de doenças, estas são abrandadas nesta fase, com uma melhora visível dos sintomas. São constatados nos sonhos símbolos com conteúdos alegóricos de ascensão, de um corpo sutil, energético, de elevação, subida de uma escada. Ocorrem imagens simbólicas arquetípicas que tem uma correspondência alegórica com o estímulo à leveza, a transfiguração ou aerificação.
A quarta fase contribui para uma integração mental, no corpo mental, com a criação do quarto eixo do indivíduo. Ao concluí-la, finaliza-se então a primeira etapa do tratamento, com o nascimento do Eu, que avançou sobre sua fragmentação, gerando seu nascimento num primeiro eixo completo. Surge um primeiro Eu integrado na sua tripartição no seu pensar, sentir e querer, e na sua quadrimembração no corpo físico, vital, emocional e mental. Observa-se a incidência de sonhos com símbolos de transformação, com conteúdos de atenuação do “Eu fragmentado” ou ego, denotando uma purificação do mental. Observa-se imagens arquetípicas que tem uma correspondência alegórica com a atenuação do Ego, ou elementos de crucificação.
Sequências |
Feminina |
Masculina |
1° medicamento |
Nux vomica CH 15,30 |
Lycopodium CH 15,30 |
2° medicamento |
Sépia CH 15,30 |
Phosphorus CH 15, 30 |
3° medicamento |
Natrum muriaticum CH 15,30 |
Natrum muriaticum CH 15,30 |
4° medicamento |
Aurum metalicum CH 15,30 |
Aurum metalicum CH 15,30 |
5° medicamento | Nux vomica CH 30 |
Lycopodium CH 30 |
1ª ETAPA | 2ª ETAPA | 3ª ETAPA | 4ª ETAPA | 5ª ETAPA | 6ª ETAPA |
7ª ETAPA |
|
Integração | Integração | Integração | Integração | Integração | Integração | Integração | |
Corpo físico | Corpo
Vital |
Corpo emocional | Corpo mental | Expressão do Eu | Visão | Consciência | |
1ª FASE | CH 700 | CH 3500 | CH 6300 | CH 9100 | CH 11900 | CH 14700 | CH 17500 |
Integração | |||||||
Corpo | |||||||
Físico | |||||||
2ª FASE | CH 1400 | CH 4200 | CH 7000 | CH 9800 | CH 12600 | CH15400 | CH 18200 |
Integração | |||||||
Corpo vital | |||||||
3ª FASE | CH 2100 | CH 4900 | CH 7700 | CH 10500 | CH 13300 | CH16100 | CH 18900 |
Integração | |||||||
Corpo emocional | |||||||
4ª FASE | CH 2800 | CH 5600 | CH 8400 | CH 11200 | CH 14000 | CH16800 | CH 19600 |
Integração | |||||||
Corpo mental |
“A meta da individuação não é outra senão a de despojar o si mesmo dos invólucros falsos da persona, assim como do poder sugestivo das imagens primordiais . ”
(JUNG, 1998 p. 64 )
A Terapêutica Integrativa Homeopática Multidisciplinar (T.I.H.M.) se orienta pelos conceitos de várias disciplinas na área da saúde humana, da Clínica Geral, da Psiquiatria e se coloca como uma ação complementar a essas. Contém principalmente os conceitos da Psicossomática, da qual tem o objetivo a expansão do “eu consciente” presente como alcance de bem estar, cuidado e de cura, considerando a unidade na diversidade, para melhor validação científica.
A T.I.H.M. considera a alegoria da carruagem tomada por Freud, uma leitura simbólica da estrutura da personalidade, já descrita anteriormente nos “Vedantas”, da filosofia hindu, demonstrada por Pierre Weil (1977), como a esfinge, a estrutura essencial ternária e símbolo do homem. Objetiva-se segundo a Psicossomática no ser humano uma expansão do “eu consciente” o tornar-se cavaleiro do seu cavalo, a atenuação do cocheiro, descrito como supereu, e liberação dos recalques. Pode-se dizer que essa via propõe deixar de ser objeto, ser sujeito na direção de si mesmo.
Complementando para a Psicossomática pós-Jung, vamos estimular a ligação, a ponte do ego para o self, ultrapassando os obstáculos que seriam as identificações e traumas e complexos autônomos. O indivíduo retorna a sua memória de cenas, aos poucos sendo mais cavaleiro do cavalo, diante do seu eu fragmentado e demonstrando o seu drama pessoal no relato dos seus sonhos dos sonhos como um filme no alcance da individuação da sua própria vida.
Pressupõe-se que esse eu consciente pela Psicossomática vai estimular uma homeostase do organismo, a pulsão de vida, um estímulo da defesa imunológica como uma rede em todo corpo humano, uma atenuação da pulsão de morte.
Considera-se os conceitos dentro da medicina Antroposófica, que indica a expansão eu consciente a integração da tripartição humana para o cuidado e a cura do ser humano. A tripartição consiste na região da cabeça: O neurosensorial, o pensamento; a região do coração e pulmão: o rítmico, o sentimento; a região digestiva, ginecológica e os membros inferiores e superiores, o metabólico, o inconsciente e a vontade.
Considerando os conceitos na homeopatia, estamos através do “eu consciente”, atingindo um centro do equilíbrio dinâmico do indivíduo. Levando em conta a Medicina Chinesa, estamos também atingindo o “eu consciente” através da expansão do Tao, equilíbrio dos cinco elementos e os doze meridianos.
Para aprofundamento, vide as etapas detalhadas posteriormente.
Observam-se na evolução do indivíduo com o uso da T.I.H.M. que em cada etapa há uma atenuação do ego, do eu fragmentado e uma expansão do “eu consciente” referente em cada etapa na jornada da consciência, evidenciada e demonstrada pelos símbolos, significantes nos sonhos das pessoas de forma reproduzível em todas as pessoas, caracterizando as fases, as etapas nas jornadas da consciência. Existem estágios da consciência, em vinte e dois níveis, descritas nos Pós-Junguianos e diversas filosofias. Nós podemos observar certa correspondência entre os 22 níveis de consciência na T.I.H.M. guardando uma diversa intensidade nas pessoas.
A T.I.H.M. promove uma melhora significativa em transtornos depressivos, de pânico e ansiedade, doenças comuns atualmente. Nesses transtornos de leve intensidade, adquirimos uma melhora na primeira e segunda etapa, nos moderados a grave ocorre uma melhora na quinta etapa ou sétima etapa. Em casos de hipertensão arterial leve, podemos ter o mesmo prognóstico.
Quanto maior o avanço do indivíduo com o uso da T.I.H.M., melhores serão os resultados clínicos, psiquiátricos e preventivos, ou seja, a Terapêutica possui um efeito cumulativo.
Considerando uma primeira jornada de 22 etapas, em cada etapa, adquire-se uma atenuação em torno de 4,5%, das repetições de padrões identificatórios, traços negativos de personalidade, scripts.
Exemplo de evolução clínica: O transtorno depressivo leve melhora na primeira e segunda etapas, o moderado tem sua melhora na quinta e o grave pode ter sua melhora na quinta ou sétima etapa. Quanto maior o avanço do indivíduo com o uso da T.I.H.M., melhores serão os resultados clínicos, psiquiátricos e preventivos, ou seja, a Terapêutica possui um efeito cumulativo.
“Cartografia da consciência”
Essa cartografia representa, em primeira visão holográfica, as primeiras Sete Etapas, que podem representar os 22 níveis.
Cartografia da consciência universal expressa por Jung:
“O vencedor é aquele que enfrenta o combate dos opostos (consciente e inconsciente)e então a visão literalmente se amplia, o sol ilumina o que antes se encontrava na escuridão. O três e o quatro já remetem a passagens anteriormente desenvolvidas. O três já é uma vitória sobre os opostos e muitos param aqui (albedo). Os que prosseguem até o quatro perfazem o quatérnio completo (rubedo) e inscrevem na existência a sua vitória sobre a determinação do inconsciente. É o vermelho da vida, o sangue do coração, sem o qual não se atinge a plenitude”
Carl Gustav Jung, Aion (1988).
O Jardim das Delícias Terrenas é um quadro que descreve a história do Mundo a partir da criação, mais uma cartografia da consciência arquetipicamente falando, apresentando o paraíso terrestre e o Inferno nas asas laterais. (Hieronymus Bosch – 1504)
O Buda da Medicina
Representa uma cartografia da consciência com imagens arquetípicas da cultura oriental
O processo de individuação da qual estamos pesquisando é alcançada em fases, etapas e jornadas. Observa se que é um processo complexo e amplo. Todo esse sistema que se adquire com as etapas da T.I.H.M. possui uma correspondência com os 22 níveis da consciência descrito na Psicologia de Jung em concordância com Nichols (1980) e Bonnell (2005) e em varias correntes filosóficas.
Em torno de 90% dos pacientes relatam e confirmam os efeitos positivos da Terapêutica por se sentirem mais integrados consigo mesmo, mais centrados, seguros, felizes, mais conscientes e plenos no caminho como sujeitos em suas vidas.
De acordo com os resultados na prática clínica e dos relatos dos pacientes, observa-se que a T.I.H.M. possui efeito cumulativo, isto é, sua efetividade ou, a melhora das pessoas é progressiva, quanto mais investe no uso da medicação, mais adquire-se uma melhora mais segura e efetiva.
A T.I.H.M. foi sistematizada em 700 casos, sob parâmetros quantitativos e 500 sob parâmetros qualitativos devido ao fato de que apenas em torno de 600 casos possuem relatos claros dos sonhos. A observação dos casos, além de relatos dos pacientes, demonstrando o estudo dos sintomas mentais e sonhos, mudanças de comportamento e sintomatologia em cada dose da sequência, em cada fase e em cada etapa.
A casuística quantitativa foi feita de duas formas:
A Terapêutica apresenta resultados positivos nas doenças, com classificações em bons (30/40% de melhora), muito bons (70/80%) e ótimos efeitos (remissão total), até então constatados pela pesquisa em diversas áreas da medicina, tais como:
Afirma-se que a casuística qualitativa é da maior importância, pois estamos lidando com a expressão do sujeito sistêmico, o terreno, o doente. Toda essa evolução clínica e psicológica é orientada pela luz da Psicologia, Clínica e Psiquiatria.
A Terapêutica Integrativa Homeopática Multidisciplinar (T.I.H.M.) pode demonstrar uma ação positiva na clinica geral, com eficácia significativa, porque estamos indo em uma das origens da doença pela via Psicossomática:
Psiquiatria: Transtornos depressivos: 446 casos, Transtorno bipolar, Transtorno Obsessivo Compulsivo 4 casos, Transtornos de Pânico: 123 casos, Transtornos de Ansiedade: 364 casos, Transtorno Misto de Ansiedade e Depressão 280, Transtornos Psicóticos: 5 casos, Transtornos de Hiperatividade (TDAH): 8 casos; Transtorno de Humor: 8 casos, distúrbios do sonos: 55 casos.
Aparelho sistema nervoso: Esclerose Múltipla 2 casos; Enxaqueca: 81 casos.
Aparelho respiratório: Bronquite asmática, rinite alérgica, sinusite: 152 casos, amigdalite de repetição: 187 casos no total; Aparelho circulatório: Hipertensão arterial: 15 casos, transtornos estenocárdicos: 12 casos; Aparelho digestivo: Gastrite, duodenite, esofagite. cólon irritável: 35 casos. Aparelho geniturinário: 15 casos, Cistites de repetição, Infertilidade de origem psicossomática, 6 casos; transtornos hemorrágicos: 6 casos. Doenças de pele: Dermatite atópica: 8 casos, neurodermite, desidrose: 2 casos, dermografismo: 3 casos, transtorno urticariformes. Reumatologia: Artrite reumatóide: 2 casos.
NOTA: Alguns casos possuem mais de um diagnóstico ao mesmo tempo. Em torno de 20 a 30% dos casos utilizam a medicação alopática e fitoterápica e/ou antroposófica concomitantemente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOTT, V. Uma ampliação da arte de curar 1 e 2 EDIÇÃO. São Paulo: Assoc. Beneficiente Tobias, 1980. p 16.
CHING, Nei. O livro de acupuntura do imperador amarelo. Portugal. Ed. Minerva. 1975.
FREUD, Sigmund. O ego e o id: uma neurose do século XVII e outros trabalhos. 2. ed. Rio de Janeiro: Imago, 1988. Cap. III, p. 50-51. (Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud, 19).
_________. Conferências introdutórias sobre psicanálise (Parte III) VOLUME XVI (1916-1917).
HAHNEMANN, Samuel. Muito além da genialidade (vida e obra). Dr. Max Tétau; tradução de Claudine Arantes. São Paulo. Ed. Organon; Lisboa: Biopress, 2001.
JUNG, Carl Gustav. A dinâmica do inconsciente. Obras completas. Tradução de Pe. Dom Mateus Ramalho Rocha. Petrópolis: Vozes, 1998, Vol. VIII. P. 22/64/69/95.
_________. Aion, estudos sobre o simbolismo do si mesmo. São Paulo. Ed. Vozes. 1976.
_________. O Homem e Seus Símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1964, P. 166.
_________. Mysterium Coniunctionis I e II. Petrópolis: Vozes, 1971. (Obras Completas de C. G. Jung, v. XIV/II).
PUSTIGLIONE, Marcelo. O Organon da arte de Curar de Samuel Hahnemann para o século 21. São Paulo: Editora Organon, 2010.
STEINER, R., WEGMAN. I. Elementos fundamentais para uma ampliação da arte de curar. Tradução Sônia Setzer. 1 edição. Associação Beneficente Tobias. São Paulo. 1979.
__________. A obra científica de Goethe. São Paulo: Antroposófica, 1980.
SUSSMANN, David J. Acunpuntura: Teoria e Practica. 4° Edição. Buenos Aires. Ed. Kier. 1978.
1º – DEPOIMENTO
A Terapêutica Integrativa melhorou, enormemente, minha qualidade de vida. Minha saúde está ótima, com o sistema imunológico muito forte, pois nem as gripes usuais me atingem. Estou em paz com minha personalidade e centrada em mim mesma, além de ter a intuição muito aguçada. Recomendo fortemente, a Terapêutica Integrativa para todas as pessoas que desejem viver melhor.
Cristina Werkema – Engenharia Química, Master em Estatística.
2º – DEPOIMENTO
COM OS OLHOS NO CÉU
Dôra Bragança, médica e psicanalista mineira, desenvolveu uma terapêutica, com base na homeopatia, graças a uma vasta gama de conhecimentos que adquiriu ao longo de sua extensa e bem sucedida carreira clínica, em Belo Horizonte. Esta terapêutica finca seus pilares na medicina psicossomática, na homeopatia, na antroposofia e, articulando as três, num todo uníssono, na mística, ocidental e oriental, daí o título que dei, significativamente, a este meu depoimento: com os olhos no céu.
O objetivo desta terapêutica, notadamente, sem contar com a circunstância, relevante, e paralela, de trazer alívio para o corpo, curando-o, por esta via, dos vários males que o acometem, é o encontro do homem consigo mesmo, ou com o si, ou com o self, a se querer render-se à linguagem utilizada por Carl Gustav Jung. Muitos diriam, filosoficamente, que se trata de um encontro com a Ideia do Bem, de Platão, ou, num outro contexto, religioso, com o Soberano Bem, de Tomás de Aquino, um e outro identificando esta ideia com o Ser que possui a perfeição absoluta: DEUS.
E isso é proporcionado, dito de forma bem singela, pela ingestão de substâncias empregadas, normalmente, na homeopatia, cujas potências, que aumentam de 100 (cem) em 100 (cem), gradativamente, transformam, alquimicamente, se me é permitido expressar dessa maneira, a unidade psicossomática em que se constitui o ser humano, transformação que passa pelo crivo da análise que, pari passu, é feita por Dôra Bragança, que nunca deixa de enfatizar a saída da repetição a que se é levado, nesta empreitada, aquietando-se no Ser. Trata-se de um verdadeiro ágape (banquete de caridade que os primeiros cristãos celebravam), em que o sentido da convivência e da caridade, imanente ao auto-conhecimento, assume a liderança, já no princípio da terapêutica. É tudo o que posso dizer.
Carlos Alberto Bonfim – Advogado (Juiz do trabalho aposentado)
3º DEPOIMENTO
Eu vim por causa dos meus sentimentos primitivos que melhoraram muito.
Melhorou bem a minha ansiedade, a colite acabou e a minha Pressão arterial normalizou. Muito obrigada.
Diva Costa Lanna.
4º DEPOIMENTO
Sigo há vários anos com a Terapêutica como um tratamento complementar a minha saúde e na busca do autoconhecimento. Seu carácter convergente em busca do equilíbrio e bem estar, me parecem muito assertivos e com certeza tem me apoiado nos processos curativos e criativos. Sempre vi os sonhos como uma chave de insights e descobertas e sinto que, a cada dia, melhor os compreendo e decodifico. Também me sinto progressivamente mais segura e centrada, capaz de lidar com momentos de incerteza e dificuldade. E capaz de me reinventar a cada passo.
Patrícia Reis Alvin – Publicitária.
5º DEPOIMENTO
Submeti-me a Terapêutica até a sétima etapa. Eu não tinha nenhuma queixa física relevante, entretanto senti uma melhora para o esporte e para a vida no geral. Observei uma redução progressiva da angústia, um aumento da auto aceitação da autoconsciência e da percepção de si mesmo sem autojulgamentos a espontaneidade tornou se regra, a minha vida se torna mais fluida, com menos medo, culpa, me relacionando melhor com mais verdade e menos drama. Sinto-me muito bem fisicamente e psiquicamente.
Fernando Pimenta – Médico.
6 º DEPOIMENTO
“O tratamento com a Terapêutica fortalece a minha saúde física, emocional e mental há muitos anos. Seja através da compreensão dos meus sonhos, no autoconhecimento ou no aprendizado constante com Dora Bragança, a Terapêutica faz parte alegremente da minha vida.”
Renata Pereira -Publicitária.
7º DEPOIMENTO
Iniciei a Terapêutica com a minha filha aos 2 anos e meio, que usava antibióticos mês sim mês não, ao iniciar o tratamento ela ficou onze meses sem o uso dos antibióticos teve uma melhora da imunidade dela e a parte emocional se tornando uma criança mais calma e centrada…ao final do tratamento dela, eu e meu marido também fizemos e ficamos bastante satisfeitos também.
Andrea Araújo.
8º DEPOIMENTO
A Terapêutica Integrativa me forneceu um app ao auto-conhecimento e grande compreensão nas buscas de maior entendimento à baixa energia e stress que eu estava passando; Em suas várias etapas, fui revendo e aprendendo comigo própria à potencialidade da energia, do amor, e a importância do auto-conhecimento para se curar de stress, de somatizações por vezes estéreis. Isto me tirou de crises de sinusites, dores de cabeça, grandes insônias e angústias.
Uma maior harmonia interna e um fortalecimento na alma é o que me ocorreu na terapêutica. O acompanhamento da Dra. Maria Auxiliadora, aos sonhos, e ao estado geral da boa clinica que é, me fortaleceu normalmente e de uma forma crescente, na medida em que a terapêutica foi se evoluindo pelas sequências.
Uma conscientização do corpo, do cuidar-se bem em todos os níveis energéticos, me foi dada nesse sentimento de amor próprio, de amor à vida, ao todo, ao universo. Esta terapêutica interativa me ajudou neste sentimento de amor, de reconhecimento e discernimentos na plenitude do amor à vida mesmo..e isto me fez mais forte e saudável.
Tenho todo agradecimento à Dra Dora Bragança, nesta trilha boa que me conduziu, da Terapêutica Integrativa.
Beijos querida amiga.
Mônica Sartori (artes-plásticas, artista-plástica e professora de arte).
9 º Depoimento
O tratamento com a Terapêutica Integrativa atenuou a minha ansiedade, trazendo a minha mente mais para o momento presente. Compreendi e tomei consciência de padrões repetitivos, o que me auxiliou a observar o meu comportamento e evitar novas repetições disfuncionais. Hoje me sinto mais flexível para lidar com os desafios que surgem no meu caminho. O meu sistema imunológico ficou fortalecido raramente eu apresento algum sintoma ou doença física. Foi um processo muito benéfico ativando inclusive o meu alegria e fé. Sou muito grata a Dora Bragança.
Maria Amélia Cortes Facury
Assistente Social- Terapeuta
10º Depoimento
Conheci a Dora em um evento e logo me interessei pela Terapêutica apresentada. Estava passando por um período conturbado em minha vida, havia feito terapia tradicional anteriormente, mas estava “faltando algo”. Eu ainda estava em um loop emocional que não conseguia me livrar. Logo que iniciei a Terapêutica com a Dora, as “coisas” começaram a mover-se. Minha autoconsciência aumentou e, na medida em que eu galgava os níveis, sentia-me mais confiante, segura, mais perceptiva e assertiva e mais centrada. O apoio dela durante as sessões (e fora delas), seu cabedal de experiências e sua visão sistêmica ajuda sobremaneira nossa evolução. Nunca tinha me deparado com esse tipo de abordagem e me surpreendi com os resultados rápidos e duradouros da Terapêutica. Para a Dora, só tenho agradecimentos!
Aline Caldas- Desenho industrial-Master Coauching.
11º Depoimento
Gosto de resultados e a terapêutica, tem promovido reais mudanças e transformações na minha personalidade. Agradeço muito a Dora Bragança.
A.F.P.
12º Depoimento
Em 2008 tive a benção de receber a recomendação de tratar c a Dra Maria Auxiliadora Oliveira Bragança. 2008 tive a benção de receber uma recomendação para tratar com Dra. Maria Auxiliadora Bragança. O casal que me a indicou estava aliviado e surpreso diante da rapidez e cura de uma condição de pele severa da esposa. A senhora, minha conhecida desde a infância disse que a condição tratada sem sucesso por vários anos, médicos e considerável despesa foram curados em menor tempo por Dra. Maria Auxiliadora e sua Terapêutica. Em sua recomendação, o casal sugeriu enfaticamente que eu a procurasse para que ela pudesse compartilhar comigo sua “Terapêutica transformadora”. Eu e minha filha, então com seis anos, nos tornamos pacientes de Dra. Dora Bragança.
Fui a ela durante meu divórcio litigioso e separação que duram nove anos. Me perguntava por que experimentava tal situação e desafios emocionais, físicos, psicológicos e espirituais. Para adicionar insulto a injúria, deixei de crer em Deus. Nesta escuridão, me tornei vítima e prisioneira em um país estrangeiro. Exilada, longe de tudo e de todos, Dra. Dora tratou de mim e de minha filha consistentemente durante todos esses anos usando medicina alopática, homeopática e sua Terapêutica.
Durante todos esses anos de desafios pessoais e profissionais, nunca ficamos doentes. Conseguimos encontrar resolução, solução e paz para todos os desafios que nos fizeram face.
A Terapêutica nos dá instrumentos para praticarmos a transformação de nossas angústias, frustrações, medos e ódios em perdão, claridade, bondade e compaixão. Minha analogia favorita para expressar a transformação positiva em nossas vidas é comparar a Terapêutica a alquimia que nos leva do inferno para o céu.
Acreditamos que a Terapêutica nos trouxe saúde e maior constante e confortador equilíbrio emocional e psicológico. Também, nos ensinou a prática do perdão e garantiu seu sucesso. Hoje, vivemos e respiramos com mais saúde, equilíbrio (em 360 graus!), humor e alegrias consistentes. Profissionalmente e escolasticamente minha filha e eu somos mais bem sucedidas.
A Terapêutica nos trouxe a aliviadora leveza do perdão para nós e para os que trabalharam para tirá-lo. Levou-nos a descoberta maravilhosa e transformadora de um pouco de nós mesmos, da bondade, da calma e compaixão. Na prática, a terapêutica nos ensina a nos ver no outro, no próximo. Ao contemplarmos isto, o ego enfraquece e com frequência cada vez maior sentimos gostar e amor por tudo e por todos.
Finalmente, é menor o peso e a energia de nossas dores e enfermidades físicas e emocionais. Nossas vidas agora têm mais saúde, alegria, sucesso, e paz de mente e espírito.
Recomendo a Terapêutica para adultos e principalmente crianças, adolescentes e jovens adultos.
R. P. Guimarães – Windsor , Colorado – USA
13° Depoimento
Sempre quis externar a admiração e gratidão pela Dra. Dora Bragança.
Com sua sensacional Terapêutica Integrativa ela cuidou com êxito de mim e de toda a minha família, desde sinusite incurável do meu filho Felipe, até uma nova compreensão e conhecimento emocional, físico e espiritual de todos.
Com imensa generosidade vinha até minha casa aos sábados, para cuidar de meu marido Ricardo, recém acidentado.
Seu trabalho, de elevado cunho científico, deve ser conhecido e reconhecido mundialmente, pois os benefícios são inesgotáveis.
Obrigada por tudo Dra. Dôra Bragança, sucesso sempre em seu caminho.
Nazik Jurdi Guimarães
“A Alegoria da caverna deixa a situação clara. Platão imaginou que a experiência humana era um espetáculo de sombras:estamos em uma caverna atados a cadeiras, por isso enxergamos sempre uma parede, sobre a qual a luz de fora projeta as sombras de formas arquetípicas ideais. Achamos que as sombras são a realidade, mas suas fontes estão atrás de nós, nos arquétipos. No final das contas, a luz é a única realidade, pois tudo que vemos é luz.” (GOSWAMI, 2001)
Os casos serão descritos segundo anamnese: tradicional, homeopática e sua evolução psicológica. Dentro da evolução psicológica, toma-se esta na evolução dos sintomas psicológicos e o desenvolvimento dos sonhos, demonstra-se a evolução da consciência promovendo a individuação do sujeito, segundo Jung, no caminho do eu consciente descrito por Freud, ou no caminho do ser sujeito como sugerido por Lacan.
O Jung dentro dos seus intensos estudos feitos sobre os sonhos, relata-nos que estes obedecem uma certa configuração ou esquema. Ele percebe através de observá-los em seqüência durante anos um processo lento de evolução, de mudança psicológica que ele denominou a individuação, a jornada do alcance do si mesmo ou sua própria essência. Essa segundo também Jung, e toda a Psicologia vigente, este processo pode ser acelerado com a interpretação dos conteúdos destes. Com o uso da medicação homeopática seqüencialmente, podemos observar uma grande catalização disto.
A Terapêutica Integrativa Homeopática Multidisciplinar demonstra sua eficácia como catalizadora de um processo psicoterápico favorecendo a melhora clínica.
Trata-se de uma pessoa do sexo feminino, apresentando como queixa principal Transtornos do Pânico (ansiedade paroxística episódica).
HMA- Há dez anos ela iniciou com Transtorno de Pânico de media a grave intensidade, tendo utilizado antidepressivos como a Cloridrato de Velafaxina e o Cloridrato de Bupropiona e feito tratamento psicoterápico por 5 anos. Suspendeu a medicação há um ano. Na época houve uma melhora. Nos últimos 3 a 6 meses, ela teve uma recaída e hoje apresenta novamente, Transtorno de Pânico de media a grave intensidade. Apresenta sintomas como taquicardia constante, angústia profunda, tensão, insônia, e dormências nos M.M.S.S.
HF- H.A.
HP- Nega DCI.
Impulsiva, agressiva, controladora, autoritária, hiper sensibilidade.
Conduta. THIM sequência iniciais do tratamento CH 15 a CH 500 Bryophyllyum, Argetum Culto, Ansiodorom 20 gotas de cada, 3 vezes ao dia.
Sonho- Ela estava dormindo com dor de cabeça, ela estava na casa da mãe, e foi atacada por duas cobras. Viu um jacaré que a assusta, mas não se fragiliza. Ela pulou a janela.
Interp. Pode-se dizer que ela esta identificada com a mãe, na casa da mãe, vivendo certa tensão, dor de cabeça, dominada pelo imaginário pelo “Nigredo”, “Inferno” da consciência, representada pelas duas cobras imagem arcaica representativa de elementos primitivos da consciência. Ela vê o jacaré que a assusta, mas não a fragiliza, este é um elemento primitivo da personalidade um pouco atenuado que pode representar sua agressividade atenuada, demonstra com o pular da janela uma abertura de visão.
Sonho- Ela estava viajando de avião. Resgatou a mochila do avião.
Interp. Pode-se dizer que ela já adquire certa leveza por estar no avião, e resgata a sua individualidade representada na mochila.
Sonho- Ela chegava de sua cidade de mudanças, e o pessoal da tribo carregava suas coisas e caiam num lago. Sua sobrinha ia virar carne e uma parte ia sobreviver.
Interp. Pode-se dizer que há um deslocamento do seu eu para a sua sobrinha, onde se observa uma transformação, uma atenuação da pulsão de morte e uma expansão da pulsão de vida e um avanço no caminho do nascimento de si-mesmo, saindo dos condicionamentos impostos pela lei natural da repetição.
Sonho- Ela estava dormindo na casa da mãe, e iria ajudar na limpeza da casa e tinham pessoas lavando. Deixou as pessoas lá e surgiu uma menininha do lado fazendo um fogo shamanico, chega o seu pai.
Interp. Pode-se dizer que ainda dorme na casa da mãe, que significa que ela está identificada com a mãe, mas que encaminha para limpar, para lavar. Há um renascimento onde uma menina de 3/4 anos através do fogo, ela lava sua repetição na triangulação, que é na relação com a mãe e com o pai. Retorna a memória da cena edípica e tem um renascimento em relação à ela.
Sonho- Ela ia organizar uma casa. Na cozinha, fazia canjica e tinha varias panelas e vários fogões á gás. Você pode fazer a canjica, eu ainda cheiro mal. Ele virou um gorila bebe.. O gorila fala que precisa tomar banho. Não eu ainda preciso da água.
Interp. Pode-se dizer que ela esta organizando sua nova casa, a construção do seu próprio eu, onde há mais afeto”comida”, onde há mais calor “fogão”, Observa-se uma atenuação do animalesco, logo do complexo de édipo. Lava-se o complexo elementos,elementos do batismo, atenuação dos sentimentos de culpa incestuoso.
Sonho- Novamente ela organizava as verduras.
Interp. Pode-se dizer que ela esta organizando seu corpo vital, seu corpo de saúde.
Sonho- Ela de vestido branco, só que esqueceu a maquiagem e o transito estava ruim e não tinha maquiagem.
Interp. Pode-se dizer que há uma purificação e atenuação do ego e da persona representado na maquiagem
Sonho- Ela ia conhecer as 3 dimensões. Ela diz que a segunda dimensão é o Sanshara. Surge criança tomando mamadeira. Será que é álcool e ela diz, não quero isto. Ela diz que quer ver a 3 dimensão, era o céu azul o pai e a irmã e no chão vários véus/ e ela pega os véus brancos e estavam sujos.Guarda os véus da Irma. Os véus dela eram baratos, podiam jogar fora.
Interp. Pode-se dizer que esta expresso no seu sonho um dos elementos de intuição o que são as 3 dimensões. Na segunda dimensão, ela explica a ilusão do aspecto dual, bidimensional do Sanshara e, na terceira dimensão ela mostra os aspectos do Édipo, a competição e a disputa dela na relação a irmã e um sentimento de baixa estima
Sonho-Ela ia fazer uma peça de teatro e tinha que levar alegria, ela não tinha decorado o texto e era muito grande e as outras pessoas da platéia viram. E ela tinha medo.
Interp. Pode-se dizer que isto se refere ao retorno a uma cena de infância no qual ela sofreu uma humilhação na escola.
Sonho-Ela vê uma mulher que ia ser castigada com correntes. Ali então vou bater nela, e não batia mais.
Interp. Pode-se dizer que ela se liberta de um sofrimento simbólico ou imaginário e do passado. Ela não se permite apanhar mais, ai ela ganha uma integração emocional onde há um atenuação dos sentimento de culpa e de baixa estima e ela diz: não vou apanhar mais.
Sonho-Ela estava na roça da avó com o marido e com a filha, na casa mais baixa. Ela acordou e lembrou que tinha que ir para o 2 andar para estar com o marido que reclamava que ela demora. Um velho que a assedia, parece com o avô.Uma voz diz a união da terra, água, fogo e ar, te levará ao céu.
Interp. Pode-se dizer que ela acorda para alem do Édipo, acorda para o seu renascimento. Ela tem um renascimento que é característico da primeira etapa e tem essa intuição fantástica onde uma voz lhe passa conhecimento significativo. A união dos quatro elementos nos leva a ascensão ao céu, a libertação dos elementos primitivos do eu fragmentado.
Sonho-Casamento da irmã com o meu pai e ela ia com um namorado( e encontrou com ele e foi beijando. Eles já estavam comendo na festa do casamento e ela comeu um ovo a indiana.
Interp. Pode-se dizer que esse sonho é uma resolução de um conflito edípico de baixa estima em relação ao irmã, mas ela esta mais integrada, e vai ao casamento do pai com a irmã e com o namorado. Ela evolui alem do complexo de Édipo e aceita sem tanto sofrimento que a mãe esteja com o pai. Observa-se também nesse sonho um arquétipo muito importante significativo de um renascimento, que é comer o ovo.
Sonho- Selecionava essência de cura e senhora M., sua amiga que é muito rígida estava ao lado. De repente ela se vê na casa da sua avó e se lembra dessa cena. Ela saiu de um local, tinha uma fila cheia de crianças de 4/5 anos de idade, na casa da avó paterna.
Interp. Pode-se dizer que ela esta tendo um renascimento em relação a uma cena que ela relata ter sido bastante traumática que foi a perda da avó, quando ela tinha 4/5 anos de idade. Podemos observa que essas crianças que aparecem no sonho, apresentam essa mesma idade, por isso pode se relaciona com essa cena traumática do passado.
Sonho-Cena de medo da escola, quem buscava era o bisavô, e ela tinha pavor.
Ele deixou-a no caminhão para ir no velório e ela com pavor, no escuro e a cruz iluminada no escuro.
Interp. Pode-se dizer que este sonho se refere novamente a uma cena no passado, onde o avô a deixou-a em um local inadequado para ir ao velório, mas ela retorna essa cena com uma luz, com atenuação desse sofrimento, pois há um luz com crucifixo, que vai representa também uma atenuação do ego dela, do eu fragmentado, do eu inferior.
Final da Primeira Etapa Integração corpo físico Renascimento:
A paciente tem uma melhora significativa dos transtornos de pânico, mas esporadicamente ela apresenta uma taquicardia. Não sente mais a dormência dos membros superiores
Final da Primeira Etapa Integração corpo físico Renascimento:
A paciente tem uma melhora significativa dos transtornos de pânico, mas esporadicamente ela apresenta uma taquicardia. Não sente mais a dormência dos membros superiores.
Sonho- Ela estava nua em casa. Viu o pai, e ele falou, que isto filha? Correu para vestir e viu degraus e nesta hora vê uma água cristalina, transparente com bolhas. De repente ficou encantada. Ela estava com uma bermuda masculina.
Interp. Pode-se dizer que mais uma vez a gente vê atenuação doeu fragmentado, ela se apresenta nua Mas ela ainda tem culpa em relação ao pai, pois ela coloca a roupa, uma bermuda que representa ainda uma identificação masculina ou ainda uma ligação com complexo de Édipo. O sonho mostra aquilo que ela conseguiu avançar, e o que ela ainda tem que avançar.
S- Ela foi fazer uma prova e ela desistiu e não entregou a prova. Uma prima chega e lhe da um gabarito. Ela não conseguia fazer a prova. E ao mesmo tempo, na casa da mãe tinha fogo na parede.
Interp. Pode-se dizer que esta demonstrando a sua ansiedade e medo para fazer a prova mas ao mesmo tempo mostra a mãe a estimulando a sua consciência com o fogo. A mãe demonstra a dificuldade dela, mas também o avanço.
S – Mudança de casa. Dora chega para atende-la , ela vê um laboratório, e tinha que descer as coisas da geladeira para elas não estragarem. Do lado do muro e dentro do caminhão, um cara tinha deixado 3 chaves com ela, e onde vai estar isto agora?
Interp. Pode-se dizer que esse sonho mostra o resgate do sentir dela, ela tira coisas estragadas de dentro de si mesmo, que ainda estão tão trancadas, e assim alguém da chaves para ela abrir o lado dela do sentir, o eu dela.
Sonho- Um rapaz atira o namorado pela janela e se transforma em cachorro grande. Ficou preocupada, voltou e o rapaz tinha dado a luz a um bebe que é filho do marido . Ela cuidou deste bebe. O seu marido chega e fala que não sabia, e diz que era filho de uma mulher. Vem outra mulher grávida subindo escada de novo, porque ela fez isso comigo ela pergunta ao marido e ai ela se separa dele.
Interp. Pode-se dizer que esse sonho demonstra o início da segunda integração emocional onde ela chega após o contato de elementos primitivos como o cachorro grande. Ela dá a luz literalmente e cuida de si mesmo. Há um avanço na autoconsciência significativa da escuridão para a luz. Sobe as escadas que significa mais uma atenuação das suas identificações, marcas e scripts. É um avanço para alem da triangulação. Pode-se dizer que esse é o inicio significativo da saída da caverna de Platão.
Sonho- A mãe ia subir a escada e caiu, e ela a fez sentir culpada. Teve uma transformação da culpa.
Interp. Pode-se dizer que o há atenuação de sentimento de culpa na relação com a mãe representada pela complexo de Édipo.
Sonho- Haviam dois cachorros e o seu marido. Ela tem fome e o marido quer dar o cachorro. Por que? Tem insônia? Neste dia, houve cobrança dele.
Interp. Pode-se dizer que o marido passa um elemento primitivo e o contato com este lhe faz sentir angústia e ansiedade.
Sonho- Ela ia viajar, o motorista a chama na rua. Desceu e o marido lhe deu uma laranja.
Interp. Pode-se dizer que o marido lhe da um elemento feminino, redondo, e no contato com seu animus ela entra em contato com o seu self, feminino mais o masculino, origina o centro da psique que pode ser chamado de laranja, o feminino em si mesmo.
Sonho- Com dois escorpiões, um ela joga pela janela e o outro ela fechou a porta e ele não entrou.
Interp. Pode-se dizer que ela atenua um elemento muito representativo da pulsão de morte, atenua o elemento onde ela trai a si mesmo.
Sonho- Se alimenta de uma hóstia.
Interp. Pode-se dizer que isto demonstra que ela deixa de se nutrir de elementos de pulsão de morte para se alimentar de pulsão de vida, simbolicamente representada como o corpo de Cristo, como a hóstia. Ela então começa a se alimentar do seu si mesmo. Observa-se ai uma transformação mental, do eu fragmentado em eu integrado.
Sonho- Com o instrutor pergunta e ela responde que esta curada.
Interp. Pode-se dizer que ela mesmo responde para si mesmo que esta curada, e que ela avançou em sua pulsão de vida.
Sonho- Ela estava sendo perseguida e um homem a ajuda.
Interp. Pode-se dizer que há atenuação do seu complexo de culpa interligada ao complexo de Édipo. Ela esta integrada e ela têm a companhia de si mesmo, do seu próprio animus. Se assemelha com o sonho do final da primeira etapa, em que ela esta no casamento do pai com a irmã, isso então demonstra a integração na psique dos elementos femininos e masculinos como ocorre na Terapêutica, expande a autoconsciência, demonstrando um caminho para a pulsão de vida, logo para a melhora dos sintomas ou para a cura do homem.
S- Ela na casa da amiga em Uberlândia lavando roupa, e da um curto circuito no fio.
Interp. Pode-se dizer que há um avanço no complexo de Édipo, onde ela lava a roupa. Mas demonstra que ainda existe elementos de desencontro com o seu si mesmo que mostram que ela precisa de avançar um pouco mais no sentido do contato com seu próprio eu.
Final da Segunda Etapa Integração corpo físico:
A paciente encontra-se praticamente assintomática dos sintomas do pânico. Apresenta com uma hipertensão arterial lábil leve de origem familiar.
S- Com o irmão, a mãe e o padrinho tiveram um conflito. Tinha um cachorro branquinho com o padrinho. Ela caminhava em cima das águas do mar. Ela sentiu uma libertação, clareza, limpeza.
Interp. Pode-se dizer que ela teve um conflito com esse padrinho. Esse sonho representa um renascimento onde ela se coloca de uma forma mais suave, e com mais liberdade em relação a este conflito, ressentimentos, mágoa e capaz de superar. Ela aceita o limite de si e do outro e atenua esse aspecto, vivendo no seu eu, si mesmo mais amoroso. Houve o descongelamento do seu sentir, e a integração com o calor, com o fogão. E agora ela sobe sobre as águas, se libertando do nigredo da consciência “inferno da consciência”. Foram atenuados seus elementos primitivos, seus complexos de culpa, baixa estima, atenuação do complexo de Édipo e ela avança para a alta consciência, já no corpo emocional onde consiste seu primeiro estágio de iluminação.
S- Ela vê o cristal claro, 2 bolas de cristal transparente. Ela sai deste local e pula mais 3 degraus.
Interp. Pode-se dizer que há uma ascensão, um renascimento alem do 3, de sua estrutura triangular, de sua ligação com a terceira dimensão e seu avanço no caminho da luz, representada pelo cristal. Observa claramente ela saindo da primeira caverna do “Platão”.
S-Ela subia varias escadas para chegar na casa, e havia um aterro com teto que ela ia fazer um estágio. Ela subia e tinha pedras e ela escorregava. Pedia apoio.
Interp. Pode-se dizer que os dois sonhos representam o afastamento do lodo, uma subida para a casa que é o seu si mesmo, alem do lodo, alem da caverna do “Platão”.
A paciente encontra-se assintomática da síndrome do pânico, mantém a H.A. leve.
Após a primeira fase da terceira etapa, a paciente esta assintomática.
“É importante para a meta da individuação, isto é, da realização do si mesmo, que o indivíduo aprenda a distinguir entre o que parece ser para si mesmo e o que é para os outros.” (JUNG, 1998)
Resumo do caso anterior
Terceira Etapa
Final Primeira Fase
Evolução do Eu/ símbolos de transformação:
Da integração emocional da segunda etapa até, então, ela tem um renascimento, dá a luz a si mesma com a atenuação da animalidade, o cachorro que vira rapaz depois mulher e dá a luz. Ela sobe as escadas, liberta-se dos escorpiões nas duas mãos, se alimenta da hóstia, nutre-se do si mesmo, novamente, observa-se a atenuação da animalidade, dos complexos, eu fragmentado e integração com elementos do Eu consciente ou integrado que representam o si mesmo, centro da psique do individuo. Vai a casa do instrutor que pode ser uma representação do self, limpa referente aos quatro elementos que podem significar a atenuação dos traços de repetição, que expressa o adormecimento do Eu na “matéria” no inconsciente, individual, coletivo e transindividual. Ela segue finalmente a mais um renascimento, mais um estágio de transformação, primeira fase na terceira etapa, quando se encontra com um filhote de cachorro branco, albedo, purificação, que pode representar, mais uma atenuação da animalidade, emoções negativas, complexos e anda sobre as águas, se desprende do denso aquático, vence mais obstáculos, sobe além do lodo, abre janelas, possibilidades visão além de elementos de repetição, vê os cristais, tem mais clareza, mais consciência de si mesma para mais uma aproximação de Seu Eu consciente, integrado.
Evolução dos símbolos da consciência a partir da segunda etapa:
Caso com diagnóstico de Transtornos de humor depressivos, de moderada à grave intensidade, boa evolução, suspenso uso do medicamento Seroquel
Ela andava em voltas com a Irma, mas acha onde está, entra em contato com as suas emoções, toma a direção do seu cavalo, tem um contato afetivo com a lhama, tem um
renascimento na lama com a filha mais nova, é salva em um naufrágio atenua seu aspecto instintivo “tigre”dentre outros e se encaminha para um elevador, daí ela vê um prédio em construção e suas escadas, logo ela escala as águas anda sobre as águas, sobe nestas escadas, em degraus da consciência de si mesma em sua individuação.
Evolução símbolos da consciência a partir da segunda etapa:
Caso com diagnóstico de Transtornos de ansiedade, depressão, Pânico e hipertensão arterial leve
Ela tem um renascimento, acima da lama, do sonho anterior, ela está sobre o barco, com certo domínio do inconsciente, ela s há a atenuação do animalesco com a integração com o seu animus. No 2ºsonho pode-se dizer ainda com sentimentos de culpa, sentimento de perseguição. 3ºsonho Ela é aceita na cozinha, pela mãe, recebe um café, atenua-se o complexo de Édipo, e a animalidade. 4ºsonho Ela tem um renascimento, tem uma aproximação ao centro da psique, de si mesma, há uma atenuação de traços de repetição, de personalidade e comportamentos, semelhantes às cunhadas, está sobre o barco sobre as águas. Observa-se ela alcança um espaço além do elemento denso aquático. Ela avança além da primeira “caverna do Platão”.
Caso Paciente C.
Com diagnóstico de T.O.C., esquizofrenia paranóide, com história de surto grave aos 20 anos, com ansiedade extrema, insônia, taquipsiquismo, depressão, inadequação em várias áreas de sua vida, após tratamento em torno de um a dois anos teve muito boa evolução, com atenuação dos sintomas, encaminhando se bem melhor profissionalmente e socialmente. A interpretação dos sonhos são feitas pelo paciente e amplificados por mim.
“Cartografia da Consciência”
“O vencedor é aquele que enfrenta o combate dos opostos (consciente e inconsciente)e então a visão literalmente se amplia, o sol ilumina o que antes se encontrava na escuridão. O três e o quatro já remetem a passagens anteriormente desenvolvidas. O três já é uma vitória sobre os opostos e muitos param aqui (albedo).
Os que prosseguem até o quatro perfazem o quatérnio completo (rubedo) e inscrevem na existência a sua vitória sobre a indeterminação do inconsciente. È o vermelho da vida, o sangue do coração, sem o qual não se atinge a plenitude”
Carl Gustav Jung, Aion (1988).
A T.I. foi sistematizada sob parâmetros quantitativos (527 casos) e qualitativos (em torno de 300 casos). Realizam-se a observação dos casos, além de relatos dos pacientes, demonstrando o estudo dos sintomas mentais e sonhos, mudanças de comportamento e sintomatologia em cada dose da sequência, em cada fase em cada etapa.
A evolução dos casos foi classificada a partir dos seguintes critérios:
229 casos de Transtorno Depressivo
37 casos de Transtorno de Pânico
25 casos de Enxaqueca
70 casos de Rinite alérgica
9 casos de Bronquite
25 casos de Dermatologia
23 casos de Amigdalite
Esquizofrenia – Número de casos totais – 6
Ótima evolução – 1 caso a partir da sétima etapa
Muito boa evolução – 2 casos a partir da segunda etapa
Boa evolução – 2 casos a partir da terceira etapa
Evolução Regular – 1caso, sendo de uso da primeira etapa
Transtornos obsessivos compulsivos – Número de casos totais – 4
Ótima evolução – 0 casos a partir da sétima etapa
Muito boa evolução – 4 casos a partir da terceira etapa
Boa evolução – 1 caso a partir da primeira etapa
Evolução Regular – 0 caso, sendo de uso da primeira etapa
Transtornos de concentração: TDAH – Número de casos totais – 10
Ótima evolução – 8 casos a partir da sétima etapa
Muito boa evolução – 2 casos a partir da terceira etapa
Boa evolução – 0 casos
Evolução Regular – 0 casos
Cistites de repetição – Número de casos totais – 5
Ótima evolução – 4 casos a partir da primeira etapa
Muito boa evolução – 1 casos a partir da segunda etapa
Boa evolução – 0 casos a partir da terceira etapa
Evolução Regular – 0 casos, sendo de uso da primeira etapa
Bronquite –16
Ótima evolução – 6 casos a partir da terceira etapa
Muito boa evolução – 5 casos a partir da segunda etapa
Boa evolução – 5 casos a partir da primeira etapa
Amigdalite – Número de casos totais – 15
Ótima evolução – 15 casos a partir da quinta etapa
Muito boa evolução – 0 casos a partir da segunda etapa
Boa evolução – 0 casos a partir da terceira etapa
Evolução Regular – 0 casos, sendo de uso da primeira etapa
Artrite reumatóide – Número de casos totais – 6
Ótima evolução – 1 caso a partir da sétima etapa
Muito boa evolução – 2 casos a partir da segunda etapa
Boa evolução – 2 casos a partir da terceira etapa
Evolução Regular – 1 caso, a partir da primeira etapa
Doenças desmielinizantes – Número de casos totais – 1
Ótima evolução – 1 caso a partir da sétima etapa
Fibrose pulmonar – Número de casos totais – 1
Ótima evolução – 1 caso a partir da sétima etapa
Sempre ocuparam a minha curiosidade, várias questões essenciais sobre a vida, a consciência, Medicina, doença, decrepitude e morte.
Por volta dos 16 anos de idade, me interessei pela filosofia oriental, como o hinduísmo, a prática do Yoga e suas teorias. Na época, tive a gratificante oportunidade de conhecer o mestre de zen-budismo, medicina oriental e acupuntura Ryotan Tokuda, com o qual iniciei meus estudos, que se seguiram por cinco anos em grupos e em prática. Aos 17, comecei a estudar Homeopatia numa ótima circunstância, numa época em que vários grupos contribuíram para que essa especialidade se tornasse como especialidade médica em nosso país. E, a partir dos 19 anos, tive uma excelente oportunidade de estudar Medicina Antroposófica em São Paulo. Nesse interessante campo de conhecimento, pude me nutrir também com as teorias e práticas dos estudos Goetheanísticos, considerados uma das fundamentações da Antroposofia e que foram importantes na construção da TIHM.
Em 1986, graduei-me em Medicina pela UFMG, com especial atenção para a Clínica Geral, a Psiquiatria e a Pediatria. Cursei a residência em Clínica Geral em Belo Horizonte e depois em Medicina Antroposófica em São Paulo, na Suíça e na Alemanha com uma ampliação em Clínica, Psiquiatria e a Pediatria. Fiz minha formação em Medicina Homeopática na Associação Homeopática de MG em 1990.
Após cinco anos de atuação na Clínica Geral Tradicional, ampliada por essas outras possibilidades terapêuticas, buscando trabalhar e atuar com o ser humano como um todo integrado, no paradigma corpo-mente, senti a necessidade de ampliar meus estudos sobre a Psicologia moderna. Esse interesse veio como meta em adquirir maior esclarecimento sobre a dinâmica e possível evolução em nível psíquico, os sintomas mentais e sonhos, sintomas esses de alta hierarquia na medicina homeopática desenvolvida por Samuel Hahnemann, médico alemão (1755-1843) e a Psicossomática. Todo esse esforço tem como objetivo selecionar melhor as medicações a serem dadas no sentido de aliviar e prevenir as doenças, o mal estar individual, social do ser humano. Nessa época, me iniciei nesses estudos na Psicologia de Carl Gustav Jung (1875 – 1961).
Por volta de 1993 e ao longo de dois anos, tive uma preciosa oportunidade de estudar leitura de Freud com Dr. Jarbas Portela e Psicopatologia Psiquiátrica com Dr. Stélio Lage. Nesse momento, vivenciava o nascimento da minha filha e morte do meu pai, o que intensificou em mim a necessidade de investir nessa busca mais ampla da consciência e de cura. Sincronicamente, nessa época, comecei a elaboração desse método de ampliação da Homeopatia, que nomeei como Terapêutica Integrativa Homeopática Multidisciplinar (T.I.H.M.).
Ela consiste numa releitura da Homeopatia, a partir da integração com os fundamentos da Psicologia, da Psicossomática, da existência do inconsciente, da tripartição humana, em concordância com a Medicina Antroposófica (1979), Goethe (1980), Freud (1988) e Pierre Weill (1977). Hahnemann (2001) iniciou e utilizou a automedicação como um método investigativo na ação das medicações homeopáticas e indicou esse mesmo método para outros estudos. Pude observar e registrar em mim mesma os resultados da TIHM iniciei o desenvolvimento dessa via através da automedicação de forma lenta e gradual. Hoje a Terapêutica encontra-se na sua maioridade, com vinte e um anos, de forma que se pode apresentá-la depois de muitas evidências com ações positivas e longos estudos.
Nesses últimos 21 anos, tempo de construção da Terapêutica, eu fui me nutrindo de uma unidade na diversidade e multidisciplinaridade, no diálogo com diversas fontes como: Psicanálise, Psicologia Junguiana Transpessoal, Arte, Literatura, Teosofia, Eneagrama e Filosofia, para fundamentar e esclarecer, de forma mais consistente e científica, aquilo que estava desenvolvendo. Posteriormente fiz a formação na Escola Brasileira de Psicanálise, Psicossomática, Pós-graduação em Psicologia Junguiana e Psicologia Transpessoal. Mesmo saber estar lidando num campo polêmico que é a eficácia ou não da medicação homeopática e a existência do inconsciente, sua influência na doença ou nas ações dos seres humanos, surpreendentemente pressupõe-se atualmente ter dados suficientes para contribuir e esclarecer esse campo na Medicina. Essas evidências consistem numa casuística quantitativa em torno de 900 casos clínicos com ações positivas significativas na clínica, psiquiatria, pediatria, porque busca-se uma das origens da doença segundo conceitos amplos da Psicossomática.
A T.I.H.M. possui também uma casuística qualitativa em torno de 80 mil páginas com relatos de sonhos dos pacientes que utilizaram a T.I.H.M., demonstrando, de forma clara, a evolução arquetípica em concordância com o processo de individuação em semelhança ao descrito por Jung (1964), Freud (1988), Hahnemann (2001), Wegman/Steiner (1979), como um caminho universal milenar e contemporâneo de autodesenvolvimento e cuidado. Por isso estou a divulgá-la para uma contribuição na melhora da medicina e da sociedade.
PARTICIPAÇÃO EM CONGRESSOS
A terapêutica integrativa surge fundamentalmente da teoria da conjunção dos opostos , ideia central da alquimia onde por meio desta união esperavam atingir a meta da obra à saber como um equivalente simbólico com a INDIVIDUAÇÃO na psicologia analítica de Jung.
A terapêutica trata-se de outra vertente que pode ser dizer uma via alquímica utilizando-se da conjunção dos opostos, da integração dos aspectos arquetípicos expressos nas polaridades constituídas da psique do ser humano: masculino e feminino levando a expansão do si mesmo, eu consciente desenvolvida a partir de uma releitura do repertorio homeopático considerando a psicologia de Jung, psicanalise de Freud, a psicossomática e a medicina antroposófica.
Utiliza-se de medicamentos homeopáticos, energéticos que de acordo com isto opera com ideias, com sintomas mentais e sonhos.
Empregam-se sintomas, estados psíquicos indicando as substancias correspondentes para cura-los.
Jung cita a conjunção como caminho de cura com um todo.
A União dos opostos era considerada por Henrich Kumreith (alquimista) indispensável á cura de todos males.
Tomas de Aquino considera a conjunção dos opostos como remédio dos médicos. (Aurora Consurgens).
Dorneus foi primeiro reconhecer o aspecto psicológico do casamento alquímico e o entendeu como concebemos como a individuação, contato com o si mesmo.
O remédio curador, isto é, o remédio unificante que é até reconhecido pela psicoterapia moderna, a união com amor espiritual conjugal.
A conjunção leva o homem sua realização – cura de sofrimentos orgânicos e psíquicos. Era considerado como elixir da vida, a pedra filosofal. A pedra viva do novo testamento, remédio da imortalidade.
Na psicoterapia visa-se a conscientização no trabalho de desprender das projeções conectando com o si mesmo, na terapêutica ocorre em semelhança, com a utilização de medicamentos. Levando a uma melhora a bons resultados clínicos e psiquiátricos.
Histórico: Paciente sexo masculino, 42 anos.
Com diagnóstico de T.O.C., esquizofrenia paranóide, com história de surto grave aos 20 anos, com ansiedade extrema, insônia, taquipsiquismo, depressão, inadequação em várias áreas de sua vida, após tratamento em torno de um a dois anos teve muito boa evolução, com atenuação dos sintomas, encaminhando se bem melhor profissionalmente e socialmente. A interpretação dos sonhos são feitas pelo paciente e amplificados por mim.
Int. Numa casa grande já significa maior espaço diante do outro. Volta a memória do desejo “edípico” pela mãe, castrado pelo pai. Mas o sujeito já tem certo grau de integração, está em menor sentimento de rejeição e fragmentação diante do complexo, pode observar uma melhora de sua auto estima.
Int. Sujeito está resgatando sua capacidade profissional. Valorizado pela figura do pai e autoridades, atenua a sua insegurança e ansiedade e baixa estima.
Int. Atenua seus dramas pessoais, núcleos obsessivos, e seus principais fantasmas medo de perder o conhecimento e ser menosprezado.
Int. Menos exposto a sentimentos de culpa que podem se relacionar ao Super Ego, com maior proximidade de uma autoridade. Pode se dizer que tem mostrado mais a sua implicação no sistema, mais consciente.
Inter. Atenua os sentimentos de culpa, pode receber do pai. Relata sensação de menos culpa na relação com o outro como um todo.
Sonho. Estava em sua cidade natal, casa dos seus pais, estava escuro de repente começa a escutar uma ópera linda, música das esferas, melodia de sublime transcendência.
Int. Mais harmônico e em algo sublime de si mesmo.
Sonho- Encontra-se com uma menina de 6 anos, ela diz para ele parar de estar assim no mundo. Ele ajoelha com ela e diz que já a espera há muito tempo. Ele beija seus pés. Ele queria contar para o seu pai que ela era um E.T.
Int. Cena importante aos 6 anos de grande humilhação, ele defecou na calça e o pai o reprimiu gravemente, falou agora você vai ter que usar fralda de novo. Ele ficou desesperado, lembra deste fato com grande transtorno. Apresenta se a atenuação desse trauma com uma integração com a anima o recebendo com maior afeto.
Histórico:
Consegui com um militar e logo me apressei em dizer que eu era filho do deputado (X), deixaram então um carro pra mim e eu comecei a andar por uma rua movimentada uma avenida vislumbrante com uma suntuosa e belíssima montanha de gelo. O país era todo bonito. Parei para pedir informações a um motorista de táxi e ele se apressou em me contar proezas sobre o mesmo. Voltei para meu país e entrei simplesmente sem documentos, estava pronto para dizer que havia saído por uma trilha em belo rio da cidade.
Histórico: Paciente do sexo masculino de 68 anos, advogado aposentado e psicanalista.
Relata na ultima consulta após a 20 etapa estar vivendo com a transcendência com fé e confiança. Desapego e simplicidade relata ter caído na via simples fé após ter se envolvido numa fase mais materialista com a psicanalise, filosofia.
Se reaproxima da religião. Paciente encontra-se
(sr R ) publicar, sonho com situação rural e via uma dupla sertaneja que aparece ligado ao uma lenda relativa a um santo releu para Sr R que o interpreta passa um filhote de dragão que era dele (autor) passa o dragão mãe e abocanha o filhote e o Sr R diz deixa leva-lo.
Sonho com elementos de Renascimento
Integração Corpo Físico
Dezembro 98
S- Estava pescando em um tipo de tanque de cimento e peguei uma piaba e a fritei. Mesmo depois de frita ela continuou se mexendo, pois permaneceu viva.
Interpr. Observa se elementos que podem estar relacionados à pulsão de vida, o símbolo do peixe vivo, como imagem do si mesmo, do renascimento, do nascimento do “Cristo interno.”
S- Estávamos levando o corpo de uma moça morta em um caixão quando de repente ela abre os olhos. A moça possuía olhos azuis e um olhar sereno.
Interpr. Pode-se dizer que há dois sonhos semelhantes com o tema vida, onde é observado elementos de nascimento, a moça morta, torna se viva, com os olhos azuis, que mostram uma atenuação da repetição.
Sonho com elementos arquetípicos de um Batismo da Consciência.
Integração Vital
10/12/99
S- Sonhei com meu ex-namorado, (o senhor G.), quando tinha 20 anos. Ele estava triste e eu beijava sua boca de leve.
Interpr. Pode-se observar um sonho integrativo, um encontro com seu feminino, ela com a boca mais suave já o beijava levemente.
26/12/99
S – Sonhei com senhora E me abraçando e chorando porque seu pai havia morrido. Eu a consolava dizendo que a perda de um pai era muito triste.
Outra cena: Ela (a senhora E.), me mostrava uma camisola de batizado toda bordada, pois ela seria madrinha de uma criança.
Interpr. Vimos elementos de afastamento do pai, do pai simbólico, incestuoso e elementos do Batismo, que podem significar a transformação em relação ao desejo incestuoso e ao “desejo edípico”, certa cura, certo clareamento em relação a estes.
05/01/00
S- Chegamos em uma cidade muito bonita com prédios brancos e um rio muito largo e raso com pedras arredondadas e água limpa. Fiquei deslumbrada com sua beleza.
Interpr. Observam-se elementos de purificação, onde o branco, clareza e rio com águas limpas.
Sonhos com elementos arquetípicos da transfiguração
Integração Emocional
Dose CH 1700
31/08/01
S-Havia uma mulher negra corpulenta dentro da minha casa me observando. Era uma invasão. Depois estou em um restaurante e a mulher está de longe me observando. A mulher passou perto de mim e eu dei um beliscão em sua perna, com raiva perguntei por que ela estava me invadindo e me observando.
Interpr. Podem-se observar elementos da sombra, elementos de sua projeção de si mesmo no outro, mas já vimos essa projeção, essa imagem atenuada, com o fato delas estar em um restaurante, que significa que já existe certa nutrição do seu si mesmo, pelo processo integrativo, uma atenuação dessa projeção.
16/09/01
S- Estava com uma criança no colo em uma escada, o bebê se desequilibrou e eu ia caindo de costas com ele. Papai me segurou e nós não caímos.
Papai foi brincar com a criança, ele deixou-a cair pela escada abaixo. Eu apavorada fui pegá-la e ela tinha um arranhão perto dos olhos.
Fui entregar a criança para sua mãe que é minha cunhada, eu fiquei preocupada com sua reação. Expliquei tudo para ela que não falou nada.
Interpr. Observam-se elementos de integração emocional, encontra-se menos afetada emocionalmente por um traço de rejeição, de descuido na relação com o pai, na idade dessa criança, em torno de dez meses, “Cena do espelho”. A escada pode significar transição do movimento de evolução.
S- Me vejo em um pântano e quase sou tragada em um barro preto, consigo me soltar. Há uma mulher me observando parada. Fico preocupada, pois corro o risco de ficar presa. Corro para uma porta, ela já estava se fechando, mas consigo passar.
Interpr. Pode-se dizer que está se desgrudando do Nigredo, há elementos de transfiguração, de ascensão, é protegida de ser levada para o fundo do pântano, fecha a porta como uma expressão de uma defesa, há uma atenuação do seu drama pessoal.
20/02/02
S- Estava levitando em cima do mar. Pensei que deveria descer e nadar, mas a distância até a praia era muito grande. Eu tentava pousar em umas pedras, mas não descia.
Vi três pessoas nadando e depois me vi em um apartamento próximo ao mar.
Interpr. Elementos arquetípicos de transfiguração, integração emocional, há uma atenuação das identificações da triangulação do “Complexo de Édipo”.
Integração Mental
08/04/02
S – Eu estava evacuando numa cadeira em uma sala onde as pessoas passavam no corredor e me viam. Eu estava com o intestino preso e havia conseguido fazer um coco duro e escuro. Pensei no que as pessoas iam pensar, mas ao mesmo tempo eu estava assentada em uma cadeira comum e ninguém ia imaginar que eu estava evacuando.
Interpr. Elementos de integração mental, de atenuação do eu fragmentado, do ego menos afetada pela a sua imagem na relação com o outro.
21/06/02
S – Eu estava em uma casa no alto de umas pedras com vista para uma favela. A casa precisava de umas reformas. Tinha um homem consertando um portal de metal.
Interpr. Observa-se que ela já está em uma casa alta, ou seja, já ocorreram elementos de integração emocional e transfiguração, agora ela precisa de uma reforma no “mental” dessa casa.
“O vencedor é aquele que enfrenta o combate dos opostos (consciente e inconsciente)e então a visão literalmente se amplia, o sol ilumina o que antes se encontrava na escuridão. O três e o quatro já remetem a passagens anteriormente desenvolvidas. O três já é uma vitória sobre os opostos e muitos param aqui (albedo).
Os que prosseguem até o quatro perfazem o quatérnio completo (rubedo) e inscrevem na existência a sua vitória sobre a indeterminação do inconsciente. È o vermelho da vida, o sangue do coração, sem o qual não se atinge a plenitude”
Carl Gustav Jung, Aion (1988).
Apresenta-se a Terapêutica Integrativa com medicamentos homeopáticos, fruto de uma multidisciplinaridade, uma produção advinda de um lado aparente “maldito” do Jung, dentre eles a sua ligação com a Alquimia, o seu contato com a cultura Oriental.
A Terapêutica Integrativa pode ser considerada mais um método, uma via de cuidado complementar para o homem que se desenvolve em pesquisas e experiência clínica com medicamentos homeopáticos fundamentados nas leis da Homeopatia, Antroposofia, Psicologia Analítica Junguiana, Psicanálise, Psicossomática e Medicina Oriental. Pressupõe se cuidar do homem como um todo, do “terreno” para Hahnemann. A Terapêutica Integrativa utiliza se de conceitos da psicanálise de Freud e Jung, tais como, o inconsciente pessoal e coletivo e a elaboração deste para o desenvolvimento para a consciência. Correlaciona conceitos de Freud de superego, ego, id com conceitos da Medicina Antroposófica como o neurosensorial- pensar, ritmo- sentir e metabólico- querer.
Esse método promove um alcance progressivo para a evolução psicológica como a individuação do ser humano, a realização do indivíduo na unicidade, a harmonização do consciente com o nosso próprio centro interior ou self, um estado de “eu consciente” semelhante ao descrito por Jung (1964), a integração do inconsciente com o consciente em semelhança ao descrito por Freud, dentro do seu método a Psicanálise (1969), a integração do pensar, sentir e querer e a expansão da liberdade na senda para a auto-consciência, correlacionado à descrição de Steiner (1983). Promove uma atenuação progressiva da repetição de padrões identificatórios, scripts, marcas, através da integração do inconsciente com consciente embasado pela Psicossomática como um processo onde se busca atingir a origem das doenças sob o paradigma corpo e mente. Observa se concomitantemente, segundo estudos feitos nos últimos 12 anos, uma melhora clínica e psicológica.
A necessidade de compreender melhor o ser humano para fazer escolhas mais assertivas dos medicamentos no sentido da expansão da capacidade de se cuidar, levou se ao estudo de várias áreas; tais como Clínica Geral, Psiquiatria, Medicina: Oriental, Homeopática, e Antroposófica, Psicologia, Psicanálise, Psicossomática, Psicologia Transpessoal. Todas essas ciências vieram enriquecer a prática clínica e desenvolver a Terapêutica como um caminho de cuidado multidisciplinar e sistêmico.
Observa se em várias linhas terapêuticas e filosóficas, desde a antiguidade, a busca de um possível desenvolvimento para o ser humano, como o alcance de um “EU evoluído”, que pode se correlacionar com o “si mesmo” para Jung-Aion, com o “eu consciente” Freud (1920) ou com a “organização do eu” Steiner (1925).
Já na homeopatia, busca se o centro do indivíduo ou a sua psora básica, entre o movimento da sicose e sífilis, que seriam reações de defesa para o homem segundo Hahnemann (1872).
Tais idéias podem ser observadas também sob a ótica da Medicina Oriental, onde busca se o Tao, como uma via de cura milenar para os chineses, através da integração do “yin yang”, que pode se corresponder em semelhança a esse “EU”consciente além dos opostos, EU consciente, citado anteriormente.
É conhecida desde tempos antigos, a correlação deste “eu” com a saúde e a doença, em várias linhas de Medicina principalmente a oriental, chinesa e tibetana. Com a Psicossomática e trabalhos na área da Imunologia, vêm-se cada vez mais confirmando essa hipótese.
Pensava se nas boas perspectivas clínicas que se podia ter diante do real adquirir desse “EU” consciente e suas implicações para a Medicina com a medicação homeopática.
Utiliza se como fundamentação, a possibilidade da união na psique, de aspectos do feminino, com aspectos do masculino, levando ao eu consciente que pode se relacionar ao “si – mesmo”, que contém também aspectos do inconsciente, descrito por Jung (1971).
É importante lembrar o texto Aurora Consurgens, que supostamente foi escrito pelo Tomás de Aquino, que foi amplamente estudado por Jung, estes tópicos fundamentais de transformação para o desenvolvimento do homem que nos leva a Sapiencia Dei, que se assemelham ao processo de individuação descrito por ele próprio que nos leva ao “si- mesmo”, são :
“(…) E Alphidius diz: A terra se liquefaz e se torna água, a água se liquefaz e se torna ar, o ar se liquefaz e se torna fogo, o fogo se liquefaz e se torna terra glorificada” (Pág )
Hermes alude a essa quinta virtude em seu “segredo”.
“(…) Em sexto lugar, exalta as coisas inferiores, quando traz à superfície a alma profunda e escondida nas entranhas da terra, acerca do que diz o Profeta: Aquele que em sua força faz sair os presos”.
“(…) E em sétimo e último lugar, ele inspira quando, por seu alento, torna espiritual o corpo terrestre”.
O Adão terrestre transforma no Adão celeste através da vivificação com a energia do Cristo.
Observa-se a importância do aspecto da conjunção como caminho de transformação e individuação. Nota-se que o casamento do esposo com a esposa, se tornaram seres alados ou espíritos e tudo que se sucede acontece no céu, isto e num domínio alem do inconsciente. A terapêutica integrativa utiliza-se de cinco substancias que fazem essa transformação que fazem a diferenciação e a individuação do sujeito, cinco doses que promovem a diferenciação e a individuação em sete estágios muito se assemelha ao que é descrito na Aurora Consurgens.
Descobrem-se no repertório homeopático alguns medicamentos, como Sépia e Fósforo, que possuem efeitos integrativos na psique, isto é, união de elementos masculinos e femininos, dos quais também apresentam sintomas nucleares da neurose humana, faz o oposto da sua própria vontade e é indiferente na relação com o outro. A partir daí com esses medicamentos “integrativos” mais outros como: Natrum Muriaticum, Aurum Metallicum, Nux Vomica e Lycopodium formulam se uma seqüência, um sistema, um setting terapêutico que se nomeia a Terapêutica Integrativa com medicamentos homeopáticos. Essa vai promovendo a integração do inconsciente e consciente, isto é, contribui para o sujeito ser mais si – mesmo e ao mesmo tempo promove uma melhora clínica, fazendo supor verdadeira a hipótese da promoção da consciência e o adquirir desse eu consciente está relacionada, ao mesmo tempo, com a saúde e a doença. A ação medicamentosa da sequência homeopática age em semelhança em certa correspondência com o descrito por Freud (1971) na busca da “consciência”, que é a necessidade do “recordar”, “repetir” e “elaborar”, cada marca, repetição ou processo na psique. Já na teoria de Jung (1969), podemos observar este mesmo movimento em correlação ao descrito por ele, o “diferenciar” e o “integrar” ao “si mesmo”.
Propõe se para a construção dessa Terapêutica as seguintes hipóteses que são:
A união, a conjunção das polaridades no ser humano feminino e masculino, a integração do negativo e positivo como aspectos internos na psique. A união do inconsciente com o consciente apresenta-se como uma via possível de cuidado, cura e de evolução para o ser humano.
O produto dessa conjunção é um eu consciente, desenvolvido por uma “ausbildung” ou uma construção. Propõe se que a consciência, o eu consciente, a organização do eu, relaciona se com a questão da saúde e doença, consciência, vida e morte . Nomeia se neste trabalho um “eu integrado”, ao produto da conjunção destas polaridades dos aspectos femininos e os aspectos masculinos na psique, isto é, aquele Eu que age mais em consonância com o seu pensar, sentir e querer na medida em que toma consciência de si mesmo. Expressa se progressivamente como o cavaleiro de seu cavalo, mais sujeito na sua história. Essa construção do “EU” vai se realizando sequencialmente na esfera do corpo físico, vital, emocional, mental.
A consciência a qual estamos pesquisando é alcançada em degraus, com sua relatividade e correspondência na T.I. Observa se também, que o alcance desse eu consciente é um processo infindável, complexo e amplo.
Pressupõe-se que esse “eu” influencie e aja como uma rede em todo corpo, assemelhando-se a um eu “imunológico” ou “eu” regulador de uma defesa imunológica e psicológica ao mesmo tempo ou guardando alguma relação entre essas, levando a uma “homeostase” ou certo ”equilíbrio” para o indivíduo.
É oportuno observar que a possibilidade do “EU imunológico” apresentar uma relação de correspondência ou agir em semelhança com o “EU psicológico”, como demonstra esse trabalho, é bem descrito no meio científico atual da Imunologia, da Psicologia, da Psicanálise, da Medicina Antroposófica, Oriental e da Psicossomática.
Nós como seres humanos sendo neuróticos ou psicóticos somos seres fragmentados na psique e corpo e estamos expostos a marcas, a imprints, emoções negativas, pulsão de morte, somos sujeitos passíveis de fragmentação psicológica, mental, emocional, vital, imunológica que se refletem no corpo físico sendo, portanto química e biologicamente exposto à doença. Por isso, a atenuação desses traços na memória e na mente pode levar a liberdade e melhora de nosso bem estar.
Esse é o norte do trabalho, a busca desse “eu consciente”, o “si mesmo”, do livre pensar, desse “cavaleiro do cavalo”, dessa consciência sobre a inconsciência tão almejada desde a antiguidade. Busca se este Eu que caminha no sentido do domínio do seu “cavalo”, e não como o ego que faz do id sua própria vontade como relata Freud (1923). O método da Terapêutica Integrativa é desenvolvido através desse novo olhar sobre a Semiologia Homeopática, amplia a noção de terreno para Hahnemann considerando principalmente a inserção do inconsciente, no ser humano, a relação desses com o metabólico descrito na Antroposofia e a questão da busca do si mesmo, do eu consciente.
Em torno de 90% dos pacientes relatam e confirmam os efeitos positivos da Terapêutica, por se sentirem mais integrados consigo mesmo, mais centrados, seguros, felizes, mais conscientes e plenos no caminho como sujeitos em suas vidas.
De acordo com os resultados na prática clínica e dos relatos dos pacientes, observa-se que a Terapêutica possui efeito cumulativo, isto é, sua efetividade ou, a melhora das pessoas é progressiva e acontece como em degraus de uma escada e ocorrem em todas as pessoas.
A T.I. foi sistematizada sob parâmetros quantitativos e qualitativos. Na qualitativa, realizam-se a observação dos casos, além de relatos dos pacientes, demonstrando o estudo dos sintomas mentais e sonhos, mudanças de comportamento e sintomatologia em cada dose da sequência, em cada fase e em cada etapa.
A casuística sob parâmetro quantitativo foi feita de duas formas:
– Por diagnóstico, ação positiva com as variáveis de tempo de tratamento e etapas realizadas.
– Por diagnóstico clínico e sua eficácia.
Afirma-se que a casuística qualitativa é da maior importância, pois estamos lidando com a expressão do sujeito sistêmico, o terreno, o doente.
Toda essa evolução clínica e psicológica é orientada pela luz da Psicologia, Clínica e Psiquiatria. Consideram- se os sonhos, como descrito por Freud (1988) e Jung (1971), como expressão mental da psique.
Apresenta-se hoje, após 12 anos de estudo e pesquisa, uma casuística quantitativa e qualitativa em torno de 550 casos com efeitos positivos. Observa-se uma melhora em doentes crônicos e mesmo em alguns casos, nas doentes em suas fases agudas; em doentes psiquiátricos, sobretudo em casos de depressão, T.O.C., síndromes do pânico, transtornos de ansiedade, bipolaridade em doenças clínicas em geral, como em pacientes com transtornos alérgicos de pele e respiratórios, cardio-circulatórios, hipertensão arterial, transtornos esteno cárdicos, gastro enterológicos tais como gastrite, colite, genitourinárias, infecciosos, transtornos auto imune, artrite reumatóide.
Com uma casuística construída nesses anos é possível confirmar as hipóteses anteriormente citadas; logo esse “eu” psicológico tem a ver com esse “eu” que cura e previne a doença no corpo físico e ou psíquico do indivíduo humano. Na verdade sabe-se pelos estudos na psicologia e psicossomática e em medicinas tais como homeopatia, antroposofia, chinesa, tibetana que esses dois “eus” são naturalmente um só, agindo dinamicamente com sua própria identidade.
A Terapêutica promove uma melhora global do indivíduo, apresenta se como complementar ao uso da medicina alopática dentre outras ou ora, pode melhorar independentemente o curso da doença na sua fase aguda e crônica ou preveni-las . Age atenuando e prevenindo a doença humana.
Intenciona-se demonstrar dados desta casuística no congresso descrevendo o efeito dos medicamentos das sequências em nível psicológico e a evolução dos sonhos com os seus símbolos de transformação. Essa casuística contém hoje já selecionada para o livro, em torno de 350 páginas do desenrolar da evolução da consciência evidenciando a estimulação do processo de individuação com tal método.
Objetivos e Métodos:
Isso demonstra a possibilidade Homeopatia em que o uso de T.I.H.M. podemos aliviar os padrões de identificação psicológicos, estimular a troca de diferenciação para a memória, atenuar o trauma, conteúdos inconscientes patógenos, individuação, promover, a expansão do Eu consciente, a pulsão de vida, atenuando os sintomas no paradigma corpo e mente significativos e reproduzível em todas as pessoas.
Desenvolvimento: Exemplo de ação positiva das doses sequenciais
Sequência Masculino: Lycopodium / Phosphorus / Natrum Muriaticum / Aurum Metalicum / Lycopodium
Sequência do Feminino: Nux Vomica / Phosphorus / Natrum Muriaticum / Aurum Metalicum /Nux Vomica
Caso de Psicose – Masculino – Idade: 40
Primeira Integração Emocional
Sonho: Após Lycopodium CH1500 primeira dose: Estava em uma casa grande, viu um homem com uma mulher do seu desejo, ele queria estar na posição dele, sentiu inveja. Num segundo momento surge uma mulher que o admira e se inicia uma relação erótica.
Interpretação: Volta a memória do desejo “edípico” pela mãe , castrado pelo pai. O sujeito encontra-se integrado, aproxima-se de sua anima, melhora a sua auto estima.
Sonho: Após Phosphorus CH1500: Foi apresentado por seu professor que se rendeu ao fato da verdade do seu livro, ser com capa de um cientista famoso. Era uma tentativa de consagrar sua teoria, representando um novo paradigma para além deste cientista. Sente-se com grande satisfação. Pensa que assim terá muito sucesso com as mulheres.
Interpretação: O sujeito diz que se sentiu como um rei, resgatando sua dignidade afetiva. Pode-se sugerir uma melhora da auto estima, a figura do pai o valoriza, naturalmente dentro do seu desejo não realizado.
Sonho após Natr. Mur. CH1500: Vê-se com percepção mais ampla do universo, há muita coisa mas sem medo de perder o conhecimento. Sente-se menos menosprezado, com menos medo do pai, da lei em si e no outro.
Interp. Avança se além do fantasma, atenua o medo de perder o conhecimento e ser menosprezado.
Sonho: Após Au. CH1500: Com seu professor, que o tratava com respeito. Ele o dizia: Eu e você estamos aí. Você está só operando no sistema. Todos nós estamos aqui.
Interpretação: Demonstra o sujeito que sente se mais valorizado com a autoridade. Pode se dizer que tem mostrado mais a sua implicação no sistema, está mais consciente.
Sonho: Após Lyc.CH1500 após quinta dose: Estava em sua cidade natal, chovia muito, seu pai lhe dava vários cheques.
Interpretação: Resolução de conflitos. Ganha do pai, pode receber deste. Relata ter uma sensação de menos culpa, atenuação do super ego.
Sonho – Estava em sua cidade natal, na casa dos seus pais, estava escuro de repente começa a escutar uma ópera linda, música das esferas com melodia de sublime transcendência.
Interpr: Resolução de conflitos. Relata estar começando a vivenciar algo sublime em si mesmo.
Sonho – Encontra-se com uma menina de 6 anos, ela diz para ele parar de estar assim no mundo. Ele ajoelha com a garota que diz que já o espera há muito tempo. Ele beija seus pés. Ele queria contar para o seu pai que ele era um extra terrestre.
Interpr: Resolução de conflitos. Paciente relata que houve uma cena importante aos 6 anos. Nesta época houve uma cena de grande humilhação, ele defecou na calça e o pai o reprimiu gravemente, e falou agora você vai ter que usar fralda de novo. Ele ficou desesperado, lembra deste fato com grande transtorno. Após o uso da T.I.H.M., ele atenua os elementos traumáticos relacionados à cena anterior, transforma seu estar no mundo em o contato com sua anima se liga a si mesmo com mais afeto.
Propõe se para a construção dessa Terapêutica as seguintes hipóteses:
“A Alegoria da caverna deixa a situação clara. Platão imaginou que a experiência humana era um espetáculo de sombras:estamos em uma caverna atados a cadeiras, por isso enxergamos sempre uma parede, sobre a qual a luz de fora projeta as sombras de formas arquetípicas ideais. Achamos que as sombras são a realidade, mas suas fontes estão atrás de nós, nos arquétipos. No final das contas, a luz é a única realidade, pois tudo que vemos é luz.”(GOSWAMI, 2001)
“Vemos este mesmo ego como uma pobre criatura que deve serviços a três senhores e, conseqüentemente, é ameaçada por três perigos: o mundo externo, a libido do id e a severidade do superego”.(FREUD, vol. XIX, p 68).
“O homem gosta de acreditar ser senhor da sua alma. Mas, enquanto for incapaz de controlar os seus humores e emoções, ou de tornar-se consciente das inúmeras maneiras secretas pelas quais os fatores inconscientes se insinuam nos seus projetos e decisões, certamente não é o seu próprio dono. Estes fatores inconscientes devem sua autonomia aos arquétipos.” (JUNG, 1959, O Homem e seus Símbolos, p.83).
Livro “Psychic Symptoms of The Homoeopatic Matéria Médica”
Phos16 sep ” (pág 1052)
“Indifference – Relations, to parents, à ses Verwandten, gegen seine
acon. 1’ fl-ac., HELL., hep., kali-p1’, nat-c., nat-p1’, PHOS. 1,7, plat., SEP.1,7, syph.7” (pág 620)
“Decifra-me ou te devoro”
Pierre Weil evidencia a importância da estrutura triangular, estrutural humana descrita no livro “A Esfinge como estrutura e símbolo do Homem“ (Pierre Weil-1977), trabalho feito pelo autor no seu doutoramento na Sorbonne, em 1972.
Considera os sonhos pois são importantes há milênios na nossa cultura e hoje considerados como expressões de arquétipos na psique, para Jung (1945), expressão intelectual da psique para Freud (1942), a expressão do sentir e do pensar na visão Antroposófica por Steiner(1980) e sintoma de alta hierarquia para Hahnemann, logo, utiliza se os, como complementar no diagnóstico da psique e perspectiva de cura.
“O vencedor é aquele que enfrenta o combate dos opostos (consciente e inconsciente)e então a visão literalmente se amplia, o sol ilumina o que antes se encontrava na escuridão. O três e o quatro já remetem a passagens anteriormente desenvolvidas. O três já é uma vitória sobre os opostos e muitos param aqui (albedo).
Os que prosseguem até o quatro perfazem o quatérnio completo (rubedo) e inscrevem na existência a sua vitória sobre a indeterminação do inconsciente. È o vermelho da vida, o sangue do coração, sem o qual não se atinge a plenitude”
Carl Gustav Jung, Aion (1988).
SOBRE O LIVRO
A Terapêutica Integrativa Homeopática Multidisciplinar (TIHM) vem sendo desenvolvida desde 1996. Demonstra efetividade de respostas a uma via terapêutica essencialmente homeopática que, no entanto, aprofunda essa especialidade e atesta sua eficácia, com um embasamento científico multidisciplinar. Isso se dá através de uma releitura da mesma, considerando a sistematização feita por Freud e Jung sobre a existência do inconsciente e associando-a a conceitos da psicossomática moderna e medicinas antroposófica e oriental.
“A vida é breve, mas a arte é extensa, a oportunidade é fugaz, a experiência é perigosa, o julgamento é difícil”.
Hipócrates
AGUARDE A VERSÃO ONLINE DO LIVRO EM BREVE
Dôra Bragança é médica formada pela UFMG, com residência em Clínica Geral na Fundação Benjamin Guimarães e formação em Medicina Homeopática, Medicina Antroposófica. Pós-graduada em Psicologia Analítica pela PUC-MG e especialização em Psicanálise/Psicossomática pela E.B.P., desenvolve e utiliza a TIHM como apoio complementar às ações propedêuticas e terapêuticas da medicina tradicional. Membro da Associação Homeopática, da Associação Brasileira de Medicina Antroposófica e da Liga internacional Homeopática, já se apresentou em diversos congressos internacionais de Homeopatia e nacionais de Psicologia e Psicossomática em Institutos Junguianos e Medicina Antroposófica.
Graduação de Medicina – UFMG,1986.
Formações:
Especialização:
Cursos Extracurriculares:
Dôra Bragança é médica formada pela UFMG, com residência em Clínica Geral na Fundação Benjamin Guimarães e formação em Medicina Homeopática, Medicina Antroposófica. Pós-graduada em Psicologia Analítica pela PUC-MG e especialização em Psicanálise/Psicossomática pela E.B.P., desenvolve e utiliza a TIHM como apoio complementar às ações propedêuticas e terapêuticas da medicina tradicional. Membro da Associação Homeopática, da Associação Brasileira de Medicina Antroposófica e da Liga internacional Homeopática, já se apresentou em diversos congressos internacionais de Homeopatia e nacionais de Psicologia e Psicossomática em Institutos Junguianos e Medicina Antroposófica.
Graduação de Medicina – UFMG,1986.
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